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Variedades

Em disputa acirrada, Mocidade é bicampeã do carnaval paulistano

O resultado foi decidido pelos critérios de desempate

Por Estadão

3 mins de leitura

em 14 de fev de 2024, às 09h57

Foto: Paulo Pinto Agência Brasil

Vencedora em 2023, a Mocidade Alegre é novamente campeã do carnaval de São Paulo em 2024. Agora soma 12 títulos e se tornou a segunda maior vencedora da história dos desfiles carnavalescos paulistanos, atrás apenas do Vai-Vai, que tem 15. A Nenê de Vila Matilde, com 11, passou ao terceiro lugar.

Com sede no bairro do Limão (zona norte), a Mocidade desfilou com o enredo Brasiléia desvairada: a busca de Mário de Andrade por um país, repleto de referências às expedições que o intelectual e escritor fez pelo Brasil.

O resultado foi decidido pelos critérios de desempate. Em busca do primeiro título, a Dragões da Real somou os mesmos 270 pontos da Mocidade. O primeiro critério de desempate eram as notas descartadas, seguido do quesito Harmonia, o que desempatou a favor da Mocidade. A Acadêmicos do Tatuapé ficou em terceiro lugar, seguida da Gaviões da Fiel, em quarto, e Mancha Verde, em quinto. O desfile das campeãs vai reunir essas cinco escolas no próximo sábado, 17, a partir das 20h. Ligada a uma torcida do São Paulo, a Independente Tricolor foi rebaixada ao Grupo de Acesso 1, ao lado da Tom Maior.

Como em outros anos, a presidente da Mocidade, Solange Cruz Bichara, permaneceu com terços nas mãos ao longo da leitura das notas, ao lado do Mestre Sombra, comemorando seus 30 anos à frente da bateria. O desfile foi assinado pelo carnavalesco Jorge Silveira. “É uma emoção muito grande, em um ano muito difícil e em um concurso muito acirrado, em que todas escolas foram muito bem e a gente não sabia quem iria ganhar”, disse Solange após a vitória. “A gente tem uma equipe fantástica.”

Após a vitória, integrantes da vice-campeã foram parabenizar Solange e outros diretores. A atitude foi elogiada pela presidente da Mocidade. “É algo muito importante para o nosso carnaval”, disse.

Diretora de carnaval da campeã, Victoria Catarine falou sobre a importância de ganhar com Mário de Andrade como tema. “Carnaval é para o povo e a gente tem de falar da cultura do povo”, disse. Já o Mestre Sombra destacou que “Mário de Andrade é um cidadão ‘barrafundense’, próximo de onde estamos”. “Parece que a energia dele pairou no ar. Mesmo já ganhando outras vezes, é uma sensação ímpar”, completou.

O Vai-Vai, que voltou à elite, fez um desfile dedicado ao hip hop e marcado por críticas sociais e obteve o oitavo lugar. De volta também, a Camisa Verde e Branco conseguiu ficar no Grupo Especial, com o 12.º lugar.

Nova voz

Pela primeira vez em 30 anos, a apuração não teve as notas anunciadas por Antônio Pereira da Silva, o Zulu, que se aposentou e foi substituído pela locutora Eloise Matos, primeira mulher nessa função. As escolas foram avaliadas em nove quesitos, com quatro jurados para cada. Neste ano os jurados viram os desfiles em cabines e não mais nas torres, ficando mais perto da pista. Também houve mudanças nas regras de avaliação.

Ao fim do primeiro quesito anunciado, Evolução, seis escolas somavam pontuação máxima: Barroca Zona Sul, Dragões da Real, Mocidade Alegre, Acadêmicos do Tatuapé, Acadêmicos do Tucuruvi e Império de Casa Verde. Uma jurada não deu nota para a Império de Casa Verde, e foi aplicada uma norma prevista no regulamento, a partir da média das demais avaliações: como tinha recebido duas notas 10 e uma 9,9, ficou com mais um 10, com 30 pontos no total, já que a menor é descartada.

A partir do quesito Comissão de Frente, a disputa se afunilou entre Dragões, Mocidade e Tatuapé. E ficou entre as duas primeiras a partir do Enredo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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