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Nacional

Nº de alunos em escolas particulares supera nível pré-pandemia

Pela primeira vez, o total supera o patamar de 2019, antes da pandemia, quando havia 9,1 milhões matrículas

Por Estadão

3 mins de leitura

em 22 de fev de 2024, às 15h39

Foto: Ilustrativa/Pixabay
Foto: Ilustrativa/Pixabay

O número de matrículas da educação básica na rede privada voltou a crescer e ultrapassou o patamar anterior à pandemia de covid-19. Dados divulgados nesta quinta-feira, 22, pelo Ministério da Educação (MEC) mostram que as escolas particulares tiveram 9,4 milhões de alunos em 2023. Pela primeira vez, o total supera o patamar de 2019, antes da pandemia, quando havia 9,1 milhões matrículas.

A educação básica engloba a creche (zero a três anos), a pré-escola (4 e 5 anos), as nove séries do ensino fundamental e as três do ensino médio, além de cursos da educação profissional. Na rede pública, o Brasil tem 37,9 milhões de matrículas nessas etapas.

O setor de ensino privado foi um dos mais impactados pela crise da covid-19, quando boa parte da rede educacional suspendeu aulas presenciais e muitas famílias optaram por retirar os filhos dos colégios privados. No total, a rede particular ganhou 423 mil alunos em um ano, alta de 4,7%.

A educação profissional também deu um salto no último ano. Dados do Censo mostram que houve aumento de 12,1% no número de matrículas na área. A quantidade de matrículas passou de 2,1 milhões em 2022, para 2,4 milhões no ano seguinte.

A educação profissional foi a etapa que mais cresceu na educação básica em relação ao número de matrículas. Estudos mostram que cursos técnicos são capazes de aumentar a remuneração dos profissionais e elevar a riqueza do País, ao se conectar com demandas do mercado.

A ampliação da educação profissional e tecnológica é encarada como prioridade pelo Ministério da Educação (MEC), mas há críticas sobre como a carga horária da modalidade foi definida na reformulação do novo ensino médio, enviada ao Congresso pelo governo no ano passado.

A reforma do ensino médio prevê carga horária mais flexível, com parte do conteúdo a ser escolhido pelo aluno. O técnico é uma das opções que as escolas estaduais podem oferecer no novo ensino médio.

Países desenvolvidos, que têm os melhores resultados em avaliações internacionais, investem para que os alunos cursem o ensino profissional junto do médio. No Brasil, cerca de 10% dos alunos cursam o técnico, quando a taxa é de 68% na Finlândia e de 49% na Alemanha.

O ministro da Educação, Camilo Santana, parabenizou os Estados pelo esforço em aumentar o número de alunos na educação profissional e prometeu mais apoio federal. “O MEC deverá apresentar nas próximas semanas uma política ousada para indução do ensino técnico brasileiro”, disse.

Total de crianças em creche sobe 4,7%

Já a quantidade de matrículas em creche cresceu 4,7%. O aumento de alunos já havia sido verificado também em 2022, após cair na pandemia. Atualmente, há 4,1 milhões de crianças na etapa.

De acordo com o MEC, as taxas identificadas indicam que o Brasil deve se aproximar da meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê 50% da população até três anos matriculada em creche até 2024.

Estimativa do MEC levando em conta o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País precisaria chegar a 5 milhões de matrículas para alcançar a meta estabelecida no plano.

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