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Segurança

“Uma mulher corajosa que morreu pelos filhos”, diz promotor de Guaçuí

Carla Valadares de Souza foi atropelada e morta pelo ex-marido na noite do dia 27 de outubro de 2021, próximo ao destacamento do Corpo de Bombeiros, em Guaçuí

Por Andrei Soares

3 mins de leitura

em 12 de abr de 2024, às 14h35

Foto: Arquivo pessoal

Após Adilon Rodrigues de Souza ser condenado a 25 anos de prisão por matar a ex-mulher, Carla Valadares de Souza Silva, no dia 27 de outubro de 2021, próximo ao destacamento do Corpo de Bombeiros, em Guaçuí, o promotor de Justiça do município, Gino Martins Borges Bastos, fez um desabafo de apoio às mulheres vítimas de feminicídio.

Um vídeo gravado por populares mostra Gino falando sobre a Carla Valadares, vítima de mais um crime de feminicídio. “De uma mulher brava, corajosa, que sofreu, que morreu pelos filhos, que morreu porque queria viver e foi morta! Mais um feminicídio absurdo e vergonhoso ”, relata o promotor.

Além disso, Gino reforça a mulheres que vivenciam relacionamentos conturbados para contarem com o Ministério Público. “Temos que dar um basta no feminicídio neste país! E vocês (mulheres) contem com o Ministério Público, pois estaremos sempre do lado de vocês! Carla presente”, finaliza.

Leia também: Acusado de assassinar Roseli Valiati é condenado a 25 anos de prisão

Condenação do acusado

Adilon Rodrigues de Souza foi condenado a 25 anos de prisão durante o julgamento na última quarta-feira (10). O júri de Adilon ocorreu no Fórum Juiz José Tatagiba, em Guaçuí, e teve início às 9h50 e terminou por volta das 18h, com a sentença.

Carla vivia em um relacionamento conturbado

A irmã da vítima, Silvia Valadares, conta que Carla teve o relacionamento conturbado com o acusado durante 18 anos. “Viveram juntos durante 18 anos. O relacionamento da minha irmã com ele era abusivo. Ela sempre quis se separar dele, mas ele nunca quis a separação. Por conta disso, ele fazia ameaças e tudo”, conta.

Além disso, Silvia relata que os filhos, fruto do relacionamento de 18 anos, nunca se deram bem com o pai e sempre buscaram justiça pela mãe. “Eles não eram apegados ao pai. E depois que aconteceu o crime, sempre pediram justiça pela morte da mãe. Queriam que o pai pagasse pelo que fez com ela, e ontem, após o julgamento, consegui ver um brilho no olhar deles”, relatou.

Agora, Silvia disse que a família está aliviada pela condenação de Adilson e reforça que as mulheres precisam ser fortes. “É uma sensação de alívio e gratidão saber que ele vai pagar pelo que fez com minha irmã. Isso serve de um alerta para as mulheres não terem mais medo de denunciar e falar que sofre abuso em casa.  Mulheres, não deixem de correr atrás dos seus direitos”, finaliza.

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