Picada de escorpião: especialista alerta para cuidados com crianças
A espécie mais comum na cidade é o Tityus serrulatus, conhecido como escorpião amarelo, uma das espécies mais peçonhentas.

Após a trágica morte de Maryah de Oliveira Ouverney, de apenas 3 anos, devido a uma picada de escorpião no dia 24 em São Mateus, a preocupação com os animais peçonhentos aumentou entre os moradores da região.
A menina, que residia em uma fazenda, foi socorrida e encaminhada a dois hospitais, mas, infelizmente, faleceu na madrugada de domingo. Segundo relatos dos moradores, na manhã de sábado, Maryah acordou chorando após ter sido picada, e minutos depois, seu pai pediu ajuda. O caso reacendeu o alerta sobre a presença de escorpiões e a importância de medidas preventivas para evitar novos acidentes.
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Os meses de agosto e setembro marcam o período de maior incidência de picadas de escorpiões em Cachoeiro de Itapemirim. Isso por que esses meses são o período de reprodução desses aracnídeos. A espécie mais comum na cidade é o Tityus serrulatus, conhecido como escorpião amarelo, uma das espécies mais peçonhentas.
De acordo com o biólogo Fabio Serafim Mota, da Unidade de Vigilância de Zoonoses, as áreas mais afetadas incluem os bairros Parque Laranjeiras, Gilson Carone, Alto Amarelo (próximo à antiga Viação Itapemirim) e Vila Rica. Nesses locais, os moradores devem redobrar os cuidados para evitar acidentes com picadas de escorpião.
Os escorpiões têm coloração amarelada e uma cauda segmentada que termina em um aguilhão venenoso. Como medida preventiva, Fabio orienta que os moradores verifiquem calçados antes de usá-los, vedem ralos com telas, fechem frestas de janelas e portas com barreiras físicas.
Os serviços de saúde de Cachoeiro, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), estão preparados para atender casos de picadas de escorpião, oferecendo soros antiescorpiônicos.
No entanto, caso encontrar um escorpião em casa, Fabio recomenda que os moradores contatem a Unidade de Vigilância de Zoonoses para receber orientações sobre prevenção e controle.
Como evitar a proliferação
Mas o certo é evitar a proliferação, e para isso é essencial manter a casa limpa, sem baratas ou cupins que são as principais fontes de alimento dos escorpiões. Além de evitar o acúmulo de entulhos e folhas nos jardins. A presença de pragas urbanas, como baratas, é o principal fator para o aumento dos escorpiões em áreas urbanas.
A orientação é clara: evitar os quatro A’s das pragas urbanas (Água, Abrigo, Acesso e Alimento) pode reduzir significativamente o risco de picadas. Crianças menores de seis anos e idosos são mais vulneráveis, e as pessoas devem procurar atendimento médico imediatamente após qualquer picada.
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