Satisfeito com a atuação do Flamengo na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, neste domingo, no Maracanã, o técnico Filipe Luís festejou a boa vantagem obtida para o confronto de volta da final da Copa do Brasil. O treinador, contudo, exaltou a entrega de seus atletas em campo, mas sabe que ainda faltam 90 minutos para levantar a taça e, por isso, quer seu time com os pés no chão.
“Foi um grande jogo das duas equipes. O nosso primeiro tempo foi magnífico, mas foi muito difícil. Fiquei muito feliz pelo que vi em campo, mas, para o jogo de volta, é como se o placar estivesse 0 a 0”, comentou o comandante rubro-negro, afastando qualquer favoritismo. “Para mim, ainda estamos longe do título. Se formos para Belo Horizonte com o pensamento de se defender, vamos passar por dificuldades. Temos que jogar para ganhar.”
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Filipe Luís também não poupou elogios ao Atlético-MG e, assim, quer que sua equipe tenha atenção redobrada no segundo jogo da decisão. “Não é por acaso que o Atlético é finalista da Libertadores. Tem um grande elenco, um excelente treinador e joga o melhor futebol do Brasil. Não é fácil anulá-los. É um time que varia muito durante o jogo, quando pressiona é difícil sair. Não tem nada definido”, afirmou.
‘Minhas decisões incomodam os jogadores’
O treinador minimizou a discussão que teve à beira do campo com Gabigol, que no minuto seguinte anotou o segundo gol do Flamengo. “Estou num cargo onde tomo decisões que incomoda os jogadores. Ali foi uma correção tática, mas no calor do jogo, com os nervos à flor da pele, não tem conversinha, é grito. Isso acontecia a todo momento quando jogávamos juntos e agora não será diferente. Vamos conversar, mas fico feliz pela grande partida que ele fez”, comentou Filipe Luís, para quem o camisa 99 finalmente colheu os frutos do trabalho após um período turbulento.
“Não se ensina o jogador a ser decisivo. O Gabriel é um dos maiores artilheiros do clube, artilheiro em finais, e hoje vimos uma de suas melhores versões. Ele trabalhou, acreditou, obedeceu, escutou. Não existe sucesso sem trabalho. Ele tem mais a oferecer e não pode parar por aí”, comentou o técnico. “O Gabi é o 9 disponível hoje, ele sabe fazer gol. Vou insistir na recuperação de um jogador para que ele ofereça o que a equipe não tem com a lesão do Pedro, que é fazer gols. Hoje ele viu a recompensa.”
Arrascaeta no sacrifício
Um dos destaques do Flamengo na temporada e autor do primeiro gol da equipe contra o Atlético-MG, neste domingo, o meia Giorgio de Arrascaeta foi substituído com dores no joelho esquerdo e, no final da partida, revelou que tem ido a campo no sacrifício.
“Nesses últimos jogos venho jogando com uma proteção no joelho, infelizmente vou ter que fazer uma limpeza no joelho no fim da temporada. Estou tentando aguentar, não queria ficar fora da final, mas atrapalha muito”, afirmou o uruguaio. “É uma situação difícil de lidar, mas com o departamento (médico), estamos fazendo o melhor para jogar todas as partidas.”
O jogador também minimizou a vantagem do time rubro-negro para o confronto de volta da final da Copa do Brasil. “Estamos enfrentando uma equipe muito qualificada, que está em um grande momento, na final da Libertadores. Respeitamos muito. Fizemos nosso trabalho, mas ainda não estamos contentes. Tem o jogo da volta”, comentou.
Antes do segundo jogo da final, no próximo domingo, o Flamengo ainda enfrentará o Cruzeiro, nesta quarta-feira, às 21h, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro.
Estadão Conteudo
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