A conduta de uma professora de uma escola municipal de Ibatiba, no Caparaó capixaba, será apurada pela Prefeitura após três denúncias serem registradas na Ouvidoria do município relatando o possível crime de racismo praticado pela servidora pública em um grupo de WhatsApp.

Nas mensagens, que circulam nas redes, é possível ver que a suposta agressora minimiza o fato da existência da escravidão e diz que tudo não passa de “mimimi”.

Leia Também: Iúna se prepara para sediar a 1ª FENECAP entre 6 e 7 de dezembro

“Este mimimi todo só está criando uma desigualdade, que era por muitos extinguida e agora está aflorando”, diz trecho da conversa.

Em outro momento, a servidora afirma que a “escola é para todos, mas nem todos é para escola”, além de reclamar que é difícil de trabalhar diante do que ela insiste em chamar de mimimi. “ Está difícil trabalhar com tantos mimimis que estão criando. Fácil resolver: coloquem todos num navio e devolvam aos seus respectivos países africanos de origem. Pregam a segregação ao negro, mas vivem na mordomia do Brasil. Vai lá, viver dignamente, onde estão seus antepassados”, diz a mensagem.

Nota de repúdio 

Por meio de nota nas redes sociais, a Prefeitura de Ibatiba reafirmou seu compromisso com a promoção da igualdade e manifestou, de forma veemente, seu repúdio a qualquer ato de racismo ou preconceito envolvendo cidadãos.

“Por meio da Ouvidoria Municipal, recebemos três denúncias relacionadas a um suposto caso de racismo praticado por uma servidora pública. Informamos que as denúncias serão devidamente apuradas com rigor e seriedade, conforme preconiza o nosso compromisso com a justiça e o respeito à dignidade humana”, diz parte da nota.

A Prefeitura ainda ressaltou que o “racismo e qualquer tipo de discriminação são inaceitáveis e totalmente contrários aos valores de igualdade, respeito e inclusão que defendemos e promovemos. Nesse sentido, o Município de Ibatiba conta com o Plano de Ação ERER (Educação das Relações Étnico-Raciais), que implementa ações voltadas ao combate ao racismo, tanto contra a população negra quanto indígena”.

A nota ainda frisa que a Secretaria Municipal de Educação tem intensificado atividades pedagógicas sobre o tema, incluindo ações mensais nas escolas e a celebração do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. “Neste mês, as unidades escolares promoveram a Semana da Consciência Negra, com rodas de conversa, apresentações culturais, capoeira, danças, comidas típicas e palestras que exaltaram as contribuições da população negra para a história e o desenvolvimento do nosso país”, frisou.

Por fim, a Prefeitura reiterou o compromisso com a construção de uma sociedade mais inclusiva, justa e respeitosa, onde todos possam viver livres de qualquer forma de discriminação ou intolerância. “Seguiremos firmes no combate ao racismo, promovendo ações concretas em prol da igualdade e do bem-estar de toda a nossa comunidade”, finalizou a nota.

O que diz a professora?

O portal AQUINOTICIAS.COM tentou contato com a servidora pública, porém, até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno. Caso tenhamos, a matéria será atualizada.