No Dia da Consciência Negra, movimento faz passeata em Guaçuí

Para comemorar o Dia da Consciência Negra, o movimento negro de Guaçuí, no Caparaó, irá promover uma passeata em alusão ao dia.

O ato denominado “Racismo Aqui, Não!” está previsto para ocorrer nesta quarta-feira (20), às 14 h, com saída da Praça em frente à Prefeitura.

Leia Também: Bom Jesus: campanha chama atenção sobre controle e prevenção da diabetes

Ângela Aparecida, idealizadora e líder do grupo “Racismo Aqui, Não” falou da importância do projeto: “Tenho lutado incansavelmente contra o racismo, moramos numa cidade linda e acolhedora, mas vimos alguns movimentos racistas acontecerem aqui, por isso resolvemos tomar atitude e criamos um grupo. Já fizemos a primeira passeata em 26 de outubro onde o prefeito eleito se comprometeu a criar uma lei do dia municipal contra o ‘Racismo’. Isso é um passo importante, agora estamos fazendo no dia da Consciência Negra, um novo movimento com apoio de algumas autoridades e comércio, um movimento legítimo que visa mostrar que estamos presentes e conscientes de que racismo é crime e precisa ser combatido.”

Ângela ainda destaca que esses serão os primeiros de muitos movimentos que a cidade terá. Guaçuí não irá tolerar mais o racismo. “Vou sempre lutar pela causa, chega de silêncio, é hora de mudar esse cenário. “Racismo Aqui, Não!”

Após a mobilização, haverá show com o Grupo Fino Tom de Bom Jesus do Itabapoana e MC Alexx, na Praça João Acacinho.

Dia da Consciência Negra

Amanhã, quarta-feira (20), é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra. A data que marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares agora é feriado nacional.

A alteração foi aprovada no Congresso em novembro passado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes, a data não fazia parte do calendário nacional e nem era considerada ponto facultativo.

O dia era reconhecido como feriado em seis estados e aproximadamente 1,2 mil cidades. Ou seja: a folga dependia de lei municipal ou estadual.

Apesar de ser um feriado nacional, não é todo mundo que acaba sendo beneficiado. A legislação trabalhista autoriza o funcionamento das atividades em setores classificados como essenciais.