Na manhã desta segunda-feira (4), a cotação do dólar apresentou uma oscilação significativa, mantendo-se abaixo dos R$ 5,80. Esse movimento ocorreu após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarar que as medidas fiscais discutidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão adiantadas. Haddad ainda mencionou que se reuniria com Lula no mesmo dia para discutir o tema, o que gerou expectativas no mercado financeiro.

Queda da moeda norte-americana

Às 11h39, o dólar à vista caía 1,49%, sendo cotado a R$ 5,7822 na venda, próximo à mínima do dia. No mesmo período, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento cedia 1,43%, com o valor alcançando R$ 5,8080 na venda. Esse movimento é um alívio. Na última sexta-feira a moeda havia fechado no maior valor desde 13 de maio de 2020, cotada a R$ 5,8699.

Expectativa de novas medidas fiscais

Desde cedo, o dólar apresentou uma baixa firme frente ao real, à medida que investidores aguardavam desdobramentos das reuniões em Brasília entre Haddad e Lula. O mercado está ansioso por novidades na área fiscal, especialmente após o Ministério da Fazenda ter informado que Haddad cancelou uma viagem à Europa, a pedido do presidente, para se dedicar a “temas domésticos”. A expectativa é de que o governo anuncie, o quanto antes, medidas de contenção de despesas, conforme prometido pela equipe econômica para depois das eleições municipais.

Influências externas e relatório Focus

A movimentação do dólar no Brasil também é influenciada pelo cenário externo, onde a moeda norte-americana apresenta queda em relação a praticamente todas as divisas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, registrou uma baixa de 0,24%, chegando a 103,690.

Além disso, o relatório Focus do Banco Central mostrou que a mediana das projeções do mercado para a cotação do dólar ao final de 2024 passou de R$ 5,45 para R$ 5,50. As projeções de inflação para este ano aumentaram de 4,55% para 4,59%, e para o próximo ano de 4,00% para 4,03% — ambos acima do centro da meta de inflação, que é de 3%.

A cotação do dólar está em movimento de queda, principalmente impulsionada por declarações do ministro Haddad e expectativas sobre novas medidas fiscais. Além disso, o cenário internacional e as projeções do mercado também influenciam a oscilação da moeda. Portanto, para acompanhar as atualizações sobre a cotação dólar, é importante ficar atento às notícias e análises econômicas que podem impactar essa dinâmica.