
Em seu primeiro compromisso após o episódio de racismo, que teve como protagonista o jovem Luighi, os jogadores do time Sub-20 do Palmeiras entraram em campo neste domingo (9), diante do Independiente del Valle e fizeram uma manifestação em apoio ao atleta de apenas 18 anos, além de protestar contra a discriminação racial.
Antes do apito inicial, atletas das duas equipes se posicionaram em círculo e levantaram o punho cerrado para manifestar toda a revolta com os atos criminosos e para sair em apoio de Luighi, que começou o duelo no banco de reservas e entrou em campo no decorrer do duelo.
Já classificado, o Palmeiras ainda venceu o jogo por 3 a 0, com dois gols de Sorriso e um de Heittor. O técnico Lucas Andrade optou por sair jogando com os reservas, e foi colocando alguns titulares conforme o tempo passou. O primeiro gol saiu logo aos dois minutos e fechou a primeira etapa com 2 a 0, além de ter tido um pênalti desperdiçado.
Desdobramentos
As cenas lamentáveis, que ocorreram na última quinta-feira (6), ganharam proporção mundial envolvendo Luighi e seus agressores. A Conmebol anunciou, neste domingo, uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil) ao Cerro Porteño, clube o qual os torcedores agrediram verbalmente e gestualmente o jogador do Palmeiras.
Além disso, o time paraguaio jogará as partidas da Libertadores Sub-20 com os portões fechados. Ainda cabe recurso contra a decisão. Jorge Achucarro, treinador da equipe, também foi suspenso por duas partidas da competição.
O pagamento da multa deverá ser feito em até 30 dias e punição de jogar com os portões fechados é válida somente para a competição em questão, em que ocorreu o caso de injúria racial. Além disso, o Cerro também deverá publicar em suas redes sociais uma campanha de conscientização e de combate ao racismo. Todos os jogadores Sub-20 da equipe devem participar da campanha.
Estadão Conteúdo
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