Papa Francisco gravou álbum de rock progressivo com 11 faixas; ouça
Apesar de outros papas também terem lançado registros musicais, Francisco foi o primeiro a explorar o gênero com tanta liberdade.

O papa Francisco, que morreu na madrugada desta segunda-feira (22), ficou conhecido pelo perfil progressista e por adotar posturas mais abertas à diversidade dentro da Igreja Católica. Entre seus gestos menos convencionais, está a participação em um álbum lançado em 2015, que mistura mensagens do pontífice com arranjos de rock progressivo.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiO disco, chamado Wake up!, reúne trechos de sermões em diferentes idiomas – entre eles, português – acompanhados por composições criadas por músicos italianos. A faixa Wake up! Go! Go! Forward!, a primeira a ser divulgada, usa uma fala de Francisco feita na Coreia do Sul em 2014 e traz um instrumental que remete ao rock dos anos 1970.
A ideia foi do produtor Don Giulio Neroni, que já havia trabalhado com os dois papas anteriores. À revista Rolling Stone, ele explicou que o projeto buscava refletir a postura de Francisco como um papa do diálogo e da escuta, conectando a música contemporânea à tradição dos hinos religiosos.
Entre os autores das faixas está Tony Pagliuca, ex-integrante da banda italiana de rock progressivo Le Orme. As composições foram pensadas para ampliar o alcance das mensagens do pontífice, sem deixar de lado o conteúdo espiritual.
Apesar de outros papas também terem lançado registros musicais, Francisco foi o primeiro a explorar o gênero com tanta liberdade. O álbum chegou à 50ª posição na parada cristã dos Estados Unidos e ficou em 4º lugar na categoria world music.
A morte do papa Francisco
O papa Francisco morreu nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, conforme divulgou o Vaticano ainda durante a madrugada. Um acidente vascular cerebral (AVC) e colapso cardiocirculatório foram a causa da morte, segundo o boletim médico divulgado na tarde de segunda pelo Vaticano.
O argentino morreu menos de um mês após deixar o hospital, onde ficou internado para tratar de uma pneumonia bilateral. Um dia antes da morte, ele apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis.
Estadão Conteúdo