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Tancredo Neves: 40 anos da morte do presidente que não assumiu

Quatro décadas depois, Tancredo Neves permanece vivo na memória do Brasil. Seu nome batiza praças, avenidas, escolas e até um aeroporto internacional.

Kimberlly Soares Kimberlly Soares

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Foto: Redes Sociais

Em 21 de abril de 1985, o Brasil se despedia de Tancredo de Almeida Neves, o presidente eleito que jamais tomou posse, mas cuja trajetória política marcou profundamente a redemocratização do país. Sua morte completou 40 anos neste mês, reacendendo memórias e debates sobre sua importância histórica.

Tancredo Neves e a redemocratização do Brasil

Tancredo Neves foi o grande articulador da transição do regime militar (1964-1985) para um governo civil. Eleito de forma indireta pelo colégio eleitoral, foi escolhido como o nome de consenso para liderar o retorno da democracia. Sua eleição representou o clamor das ruas expressado no movimento das Diretas Já, mesmo sem a realização de eleições diretas naquele momento.

A vitória de Tancredo Neves no colégio eleitoral

Com o apoio de uma ampla coalizão de partidos, Tancredo derrotou Paulo Maluf, o candidato apoiado pelos militares. A eleição indireta aconteceu em 15 de janeiro de 1985, e seu resultado foi comemorado como um marco simbólico da mudança de regime. Era o fim da tutela militar sobre o poder civil.

A doença e a morte que abalaram o país

No dia da posse, 15 de março de 1985, Tancredo Neves deu entrada em um hospital às pressas com dores abdominais. Submetido a uma série de cirurgias e enfrentando complicações sucessivas, ele permaneceu internado por 38 dias, falecendo em 21 de abril sem jamais ter assumido oficialmente a Presidência da República.

A comoção nacional com a morte de Tancredo

A morte de Tancredo Neves gerou uma comoção sem precedentes. O país que havia depositado nele suas esperanças por um futuro democrático chorava a perda de seu líder. O velório e o cortejo fúnebre reuniram milhares de brasileiros, num momento de profunda união nacional.

A posse de José Sarney e a continuidade do projeto democrático

Com a impossibilidade de posse de Tancredo, seu vice, José Sarney, assumiu o cargo. Embora enfrentando desconfiança inicial, Sarney manteve os compromissos firmados por Tancredo e deu sequência ao processo de redemocratização, culminando na Constituição de 1988.

O legado político de Tancredo Neves

Mesmo sem ter governado, o legado de Tancredo Neves é inegável. Ele foi o símbolo da conciliação nacional, da política feita com diálogo e da resistência democrática construída por dentro das instituições. Seu principal feito foi devolver ao povo brasileiro o direito de escolher seus representantes.

Tancredo Neves na memória nacional

Quatro décadas depois, Tancredo Neves permanece vivo na memória do Brasil. Seu nome batiza praças, avenidas, escolas e até um aeroporto internacional. Ele é lembrado como o presidente que não governou, mas que cumpriu sua missão mais nobre: restaurar a democracia.

A importância histórica de Tancredo Neves

Estudar a trajetória de Tancredo Neves é compreender um dos momentos mais sensíveis e importantes da história recente do Brasil. Sua morte precoce transformou-o em uma figura quase mítica, mas seu legado é concreto: a abertura de caminho para eleições livres e um Estado democrático de direito.

Tancredo Neves: 40 anos depois, ainda atual

Quarenta anos após sua morte, a figura de Tancredo Neves continua sendo referência de liderança civil, equilíbrio político e compromisso com a democracia. Num país que ainda enfrenta desafios institucionais, sua história segue como inspiração para o presente e o futuro do Brasil.

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Kimberlly Soares
Kimberlly Soares

Estudante de jornalismo pela Unidade Estácio, atua na parte de segurança do portal AQUINOTICIAS.COM. Apaixonada pela área, trabalhou pela primeira vez como estagiária de jornalista aos 18 anos e nunca mais cogitou outro caminho.

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