Economia

Dólar sobe em dia de baixa liquidez e commodities em queda; confira

Ausência de negociações nos Estados Unidos, devido ao feriado de Memorial Day, contribuiu para o volume reduzido de operações no mercado cambial. Sem a referência americana, os investidores se concentraram em dados locais e nas expectativas econômicas

Por João Paulo Alóchio

2 mins de leitura

em 26 de maio de 2025, às 17h28

Foto:  Colin Watts/Unsplash
Foto: Colin Watts/Unsplash

O dólar começou a semana em alta frente ao real, num dia de liquidez reduzida e com pressão vinda da queda nas commodities. Nesta segunda-feira (26), a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,6757, com alta de 0,51%.

A ausência de negociações nos Estados Unidos, devido ao feriado de Memorial Day, contribuiu para o volume reduzido de operações no mercado cambial. Sem a referência americana, os investidores se concentraram em dados locais e nas expectativas econômicas.

No cenário doméstico, o destaque ficou por conta do Relatório Focus e da expectativa pelo IPCA-15, a prévia da inflação oficial. Segundo o boletim divulgado pelo Banco Central, os analistas mantiveram a projeção de inflação para 2024 em 5,50%. A estimativa para o dólar no fim do ano caiu de R$ 5,82 para R$ 5,80. Já a taxa Selic foi mantida em 14,75% ao ano pela terceira semana seguida.

Para esta terça-feira (27), o mercado aguarda a divulgação do IPCA-15 de maio. A expectativa é de uma alta de 0,44% no mês e de 5,49% no acumulado em 12 meses, segundo projeções do Money Times.

Outro fator que mexeu com o câmbio foi a discussão em torno das mudanças no IOF. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo vai definir até o fim desta semana como compensará a perda de arrecadação com o recuo parcial nas alíquotas. Segundo ele, há duas opções na mesa: contingenciamento de gastos ou substituição de receitas. Mais detalhes ainda não foram divulgados.

Além disso, o desempenho fraco das commodities também pesou contra o real. O minério de ferro, principal produto de exportação do Brasil, caiu 2,21% na Bolsa de Dalian, na China, fechando a 706,5 yuans por tonelada (equivalente a US$ 98,38). A queda reflete diretamente no câmbio, já que países exportadores, como o Brasil, são sensíveis à oscilação desses preços.

Nos EUA, apesar do feriado, o mercado acompanhou o recuo do ex-presidente Donald Trump em relação às tarifas de 50% que seriam impostas sobre produtos da União Europeia. A medida, que estava prevista para entrar em vigor em 1º de junho, foi adiada para 9 de julho após conversa com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Em publicação no X (antigo Twitter), Leyen afirmou que a UE está pronta para avançar nas negociações “de forma rápida e decisiva”.

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