Ferraço e Pazolini podem integrar mesmo grupo político; entenda
A estratégia visa formar um bloco de peso para contrabalançar a chamada "superfederação" composta na semana passada por União Brasil e Progressistas.

Um possível reposicionamento no tabuleiro político nacional pode impactar diretamente a sucessão ao governo do Espírito Santo. Isso porque o MDB e o Republicanos avançam nas tratativas para formar uma federação partidária, o que colocaria no mesmo grupo o atual vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), e o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), ambos cotados como pré-candidatos ao Palácio Anchieta em 2026.
A movimentação foi reforçada após uma reunião realizada nesta terça-feira (6), em Brasília, entre os presidentes nacionais das duas siglas: Marcos Pereira (Republicanos) e Baleia Rossi (MDB), ambos deputados federais. Nas redes sociais, Pereira destacou que o encontro marca a continuidade das conversas sobre a possível federação, que uniria forças das duas legendas no Congresso e nas disputas eleitorais. “Este é o nosso segundo encontro, não por acaso, mas porque compartilhamos propostas importantes para o Brasil e uma visão comum de compromisso com a boa política”, afirmou.
A estratégia visa formar um bloco de peso para contrabalançar a chamada “superfederação” composta na semana passada por União Brasil e Progressistas. Juntas, as bancadas de MDB e Republicanos somam 88 deputados federais — número que, caso se consolide a federação, formaria a terceira maior força na Câmara dos Deputados, atrás apenas do PL (com 92 parlamentares) e da aliança União-PP (com 109).
Nos bastidores, interlocutores políticos apontam que além da influência no Legislativo, a federação também mira maior capilaridade nas eleições municipais de 2028 e na estruturação das campanhas para 2026. Um dos principais objetivos seria ampliar o número de prefeitos eleitos e, com isso, garantir fatias mais generosas dos fundos partidário e eleitoral.
Cenário capixaba em ebulição
No Espírito Santo, a articulação nacional tem potencial para provocar reacomodações locais. A possível união entre MDB e Republicanos colocaria Ferraço e Pazolini — hoje em campos distintos — sob o mesmo guarda-chuva partidário. Ambos são apontados como nomes competitivos na disputa para suceder o governador Renato Casagrande (PSB).
Embora a federação una os partidos em uma só direção política, o cenário para 2026 permanece indefinido, já que será necessário conciliar interesses e definir quem representará o grupo na disputa estadual. A costura política, portanto, vai além da esfera nacional e promete reverberar com força nos Estados.
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