FGV: Economia brasileira cresce 1,6% no 1º trimestre
Em comparação com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 3,1%, enquanto o acumulado em 12 meses aponta uma alta de 3,5%.

A economia brasileira registrou crescimento de 1,6% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com os últimos três meses de 2024, segundo dados do Monitor do PIB, divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 3,1%, enquanto o acumulado em 12 meses aponta uma alta de 3,5%.
O resultado trimestral, já dessazonalizado — ou seja, ajustado para eliminar variações típicas do período — mostra aceleração significativa em relação ao fim de 2024, quando o avanço havia sido de apenas 0,1%. A estimativa em valores monetários aponta o PIB em R$ 3,393 trilhões no primeiro trimestre.
Exportações crescem, mas indústria segue estagnada
O estudo aponta que as exportações avançaram 2,8% entre janeiro e março, impulsionadas principalmente pelo setor agropecuário, que continua sendo um dos pilares do desempenho econômico nacional.
Por outro lado, a indústria permaneceu estagnada, sem avanços expressivos no período. A pesquisadora da FGV responsável pela análise destacou que esse comportamento indica descompasso setorial, com serviços e agropecuária puxando o crescimento, enquanto o setor industrial ainda enfrenta dificuldades para reagir.
Consumo e investimento mostram desaceleração
O consumo das famílias teve crescimento de 2,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mas a tendência é de desaceleração. No trimestre anterior, esse indicador havia crescido 3,7%.
Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos em bens de capital e construção, subiu 6,9% na mesma base de comparação. Apesar de positivo, o número também reflete perda de fôlego, já que no terceiro trimestre de 2024 o avanço havia sido de 10,8%.
Confirmação oficial sai no fim de maio
Os dados do Monitor do PIB da FGV funcionam como uma prévia dos números oficiais, que serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 30 de maio. Outro indicador, o IBC-Br do Banco Central, também divulgado nesta segunda (19), mostra expansão de 1,3% na comparação trimestral e de 4,2% no acumulado em 12 meses.
Com a aproximação da divulgação oficial, os números reforçam o cenário de crescimento moderado, com destaque para o agronegócio e os serviços, mas com alertas sobre a desaceleração dos investimentos e do consumo das famílias, dois pilares essenciais para o ritmo da atividade econômica ao longo do ano.
Com informações de Agência Brasil
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