Economia

Mercado eleva projeção do PIB para 2,02% em 2025

Para os anos seguintes, a expectativa de crescimento do PIB é de 1,7% em 2026, e 2% para 2027 e 2028. Já as projeções da inflação seguem em queda gradual: 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028.

Por João Paulo Alóchio

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em 19 de maio de 2025, às 12h17

Foto: Marcello Casal | Agência Brasil
Foto: Marcello Casal | Agência Brasil

A projeção do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2025 subiu de 2% para 2,02%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central. O relatório reúne semanalmente as expectativas das principais instituições financeiras sobre os indicadores econômicos do país.

Apesar da ligeira melhora na estimativa do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão da inflação para o mesmo ano segue pressionada: o mercado espera que o IPCA atinja 5,5%, acima do teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Essa é a quarta queda consecutiva na projeção, mas ainda insuficiente para atingir o intervalo de tolerância da política monetária.

Para os anos seguintes, a expectativa de crescimento do PIB é de 1,7% em 2026, e 2% para 2027 e 2028. Já as projeções da inflação seguem em queda gradual: 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028.

Dólar e juros também no radar

O mercado também projeta que o dólar encerre 2024 cotado a R$ 5,82, subindo para R$ 5,90 ao fim de 2026. No cenário interno, a pressão fiscal e as incertezas políticas continuam sendo fatores de atenção para os investidores.

Já a taxa básica de juros (Selic) deve permanecer em 14,75% ao ano até o final de 2025, segundo o Focus. Para 2026, o mercado prevê queda da taxa para 12,5%, e novas reduções em 2027 e 2028, chegando a 10,5% e 10% ao ano, respectivamente.

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve o tom de cautela na última reunião e indicou que o atual nível de juros será mantido por tempo indeterminado, devido ao cenário global incerto e à persistência de pressões inflacionárias, principalmente sobre alimentos e energia.

Inflação em desaceleração, mas ainda elevada

Apesar das previsões para 2025 estarem acima da meta, os dados mais recentes do IBGE mostram que a inflação está desacelerando. Em abril, o IPCA ficou em 0,43%, abaixo dos 0,56% de março e dos 1,31% de fevereiro. No acumulado de 12 meses, o índice registra alta de 5,53%.

Economia cresce pelo quarto ano consecutivo

A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, registrando o quarto ano seguido de expansão. Foi o melhor desempenho desde 2021, quando o país teve crescimento de 4,8%. A projeção revisada para 2025 indica continuidade no ritmo de avanço, embora ainda com desafios relacionados à inflação, juros altos e incertezas fiscais.

Com informações de Agência Brasil

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