Política Nacional

Ministro de Lula critica emendas e chama Bolsonaro de ‘capiroto’

Sem mencionar diretamente o nome de Bolsonaro, o ministro utilizou o termo "capiroto" ao se referir ao ex-presidente, numa alusão ao impacto das emendas no orçamento.

Por Diorgenes Ribeiro

2 mins de leitura

em 09 de maio de 2025, às 14h59

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), fez duras críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um evento nesta sexta-feira (9/5). Em seu discurso, Teixeira defendeu que o governo federal deve priorizar políticas públicas, destacando que, desde o governo Bolsonaro, uma parte significativa do orçamento foi desviado para emendas parlamentares, comprometendo os planos do atual governo.

Sem mencionar diretamente o nome de Bolsonaro, o ministro utilizou o termo “capiroto” ao se referir ao ex-presidente, numa alusão ao impacto das emendas no orçamento. “Nós temos que libertar o orçamento da União porque ele foi sequestrado pelas emendas parlamentares. Temos que recuperar o orçamento para as políticas públicas”, afirmou Teixeira. Ele criticou ainda a estratégia de Bolsonaro de negociar emendas para garantir governabilidade, sugerindo que esse modelo prejudicou a destinação de recursos para áreas prioritárias.

A fala aconteceu durante um café da manhã com parlamentares alinhados ao campo progressista, realizado dentro da programação da Feira da Reforma Agrária, evento organizado pelo Movimento Sem Terra (MST), em São Paulo. O encontro contou com a presença de figuras como os deputados federais petistas João Daniel, Nilton Tatto, Juliana Cardoso e Alfredinho, além de representantes do PSol, como Ivan Valente e Sâmia Bonfim, e do PCdoB, com Orlando Silva.

Teixeira também aproveitou a oportunidade para enviar um “abraço” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos militantes presentes. Ele ressaltou que Lula estará no evento de 2026, explicando sua ausência este ano devido a uma viagem à Rússia para participar das celebrações pelos 80 anos do Dia da Vitória, marco da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na 2ª Guerra Mundial.

A viagem de Lula gerou críticas por parte de apoiadores de Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que acusou o presidente de usar a viagem para se aconselhar com ditadores de Cuba e Venezuela. Em suas redes sociais, o senador também afirmou que Lula não esconde sua admiração pela Revolução Comunista, que, segundo ele, resultou em miséria e fome para os povos desses países.

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