Operação Abutres III apura fraudes em indenizações da Fundação Renova
A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-Norte), com apoio da Assessoria Militar do MPES e do GAECO do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) deflagrou, nesta sexta-feira (16), a terceira fase da Operação Abutres, com foco na apuração de fraudes em pedidos de indenização direcionados à Fundação Renova, responsável por reparar os danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG).
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-Norte), com apoio da Assessoria Militar do MPES e do GAECO do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). As investigações envolvem o uso do Sistema Indenizatório Simplificado (NOVEL), criado para facilitar o repasse de recursos aos atingidos pela tragédia de 2015. O caso segue sob sigilo judicial.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Baixo Guandu (ES) e Aimorés (MG). Não houve prisões nesta etapa. Os alvos da operação foram residências e estabelecimentos ligados aos investigados, com foco na coleta de documentos, computadores, mídias digitais e outros materiais que possam aprofundar a apuração do esquema criminoso.
Durante o cumprimento dos mandados, as equipes localizaram e apreenderam R$ 12 mil em dinheiro vivo, 760 euros (equivalente a cerca de R$ 4,8 mil) e três cheques que somam R$ 88 mil. Todo o material foi encaminhado para análise pericial.
A ofensiva mobilizou Promotores de Justiça, 22 agentes da Agência de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, seis membros do GAECO de Ipatinga (MG) e quatro policiais militares de Minas Gerais.
A Operação Abutres é parte de uma força-tarefa que mira organizações suspeitas de lucrar de forma ilícita com recursos destinados a vítimas de desastres ambientais, e deve ter novas fases nos próximos meses.



