Após três meses de obras, Igreja Matriz de Muqui é reaberta; confira
Com arquitetura eclética, a Igreja Matriz de São João Batista é uma das mais belas do Espírito Santo.

Após passar por três meses de obras estruturais, a Igreja Matriz de São João Batista, no centro histórico de Muqui, reabriu suas portas neste sábado (14), com uma celebração eucarística presidida pelo pároco Enildo Genésio de Souza. A cerimônia marcou a conclusão dos trabalhos de descupinização e consolidação da estrutura da igreja, considerada um dos principais patrimônios religiosos e artísticos da cidade.
Interditada desde o dia 21 de março de 2025, a Matriz passou por uma série de intervenções emergenciais após um laudo técnico, assinado por uma arquiteta e um engenheiro civil, apontar riscos estruturais. A madeira que sustentava parte do telhado havia sido comprometida por cupins, além de apresentar infiltrações e rachaduras nas paredes. Por segurança, todas as atividades litúrgicas foram transferidas provisoriamente para o salão paroquial.
Apesar de não ser tombada, a igreja integra o Sítio Histórico e Paisagístico de Muqui e, por isso, todas as obras foram realizadas com acompanhamento e autorização da Secretaria de Cultura do Espírito Santo (Secult). “Foram três meses de obra. Seguimos todas as orientações e laudos. Restauramos o telhado, o estuque, a escada e os lustres, que estavam condenados. É uma igreja histórica. Com a anuência da Secult, realizamos todos esses reparos com recursos próprios”, afirmou o padre Enildo, emocionado, na véspera da reabertura.
Patrimônio histórico e artístico
Com arquitetura eclética, a Igreja Matriz de São João Batista é uma das mais belas do Espírito Santo. Em seu interior, chamam a atenção os vitrais doados por famílias tradicionais de Muqui, os altares de mármore de carrara e a capela-mor, ricamente ornamentada com afrescos do pintor italiano Giuseppe Irlandi.
Entre as obras de arte sacra, destacam-se a reprodução da pintura “A Decapitação de São João Batista”, inspirada em Giambattista Tiepolo, além de “João repreende Herodes”, de Giovanni Fattori, e “O Batismo de Jesus”, de Corrado Giaquinto. No teto da cúpula, uma imagem do Divino Espírito Santo modelada pelo arquiteto russo Waldemir Bogdanoff completa a ornamentação.
Instalado em 1951, o sino da matriz e os vitrais produzidos em São Paulo e no Rio de Janeiro integram o conjunto que faz da igreja um símbolo de fé e história para os muquienses.
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