Política Nacional

Braga Netto rebate Mauro Cid e nega plano golpista em acareação no STF

Braga Netto e Cid são acusados de cinco crimes e integram o chamado "núcleo duro" da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Por Diorgenes Ribeiro

2 mins de leitura

em 24 de jun de 2025, às 14h56

Foto: Reprodução | Rededes Sociais
Foto: Reprodução | Rededes Sociais

Durante a acareação realizada nesta segunda-feira (24), no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado do general Walter Braga Netto, José “Juca” Lima, afirmou que o tenente-coronel Mauro Cid “mente o tempo todo” e demonstrou constrangimento ao ser confrontado com o ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

A audiência, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder, reuniu pela primeira vez os dois réus frente a frente. Braga Netto e Cid são acusados de cinco crimes e integram o chamado “núcleo duro” da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo a defesa de Braga Netto, ao longo das duas horas de acareação, Mauro Cid foi chamado de mentiroso e, diante dos questionamentos, “abaixou a cabeça”. “Ele mente o tempo inteiro. Uma pessoa que presta 10 depoimentos, cada hora com uma versão. Ele estava constrangido, de cabeça baixa”, declarou o advogado, que também reforçou a intenção de pedir novamente a anulação do acordo de delação premiada firmado por Cid.

Em contraponto, o advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, rebateu as críticas e afirmou ao portal Metrópoles que seu cliente “fala a verdade” e não mente.

A acareação foi solicitada pelas defesas de Braga Netto e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, também réu no processo, para esclarecer divergências nos depoimentos prestados por Mauro Cid. A sessão contou ainda com a presença do ministro Luiz Fux e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Em sua delação, Cid relatou ter participado de uma reunião com Braga Netto para tratar do chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, que, segundo as investigações, visava interferir na ordem democrática. Ele também acusou o general de ter repassado dinheiro ao major De Oliveira para financiar as ações previstas no plano.

A defesa de Braga Netto nega qualquer envolvimento do general com o suposto plano golpista e sustenta que Cid não apresentou provas que sustentem as acusações.

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