Oposição representa contra Erika por contratar maquiadores na Câmara
Além disso, os autores informaram que uma denúncia similar está sendo preparada para ser encaminhada ao Conselho de Ética da Câmara.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) virou alvo de uma representação encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) por suposta improbidade administrativa. A denúncia, protocolada pelos deputados Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, e Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública, questiona a nomeação de dois assessores do gabinete da parlamentar, Ronaldo Camargo Hass e Indy Montiel da Cunha Rocha.
Segundo os autores da representação, ambos seriam profissionais da área de maquiagem e estariam prestando serviços estéticos à deputada durante eventos públicos e privados, configurando, na avaliação deles, desvio de finalidade no uso da estrutura pública. “As informações apontam para a utilização dos cargos comissionados para atender interesses particulares, em detrimento do interesse público e do correto uso dos recursos da Câmara”, afirmam os deputados.
O documento destaca que os assessores, nomeados desde o final de 2024, atuariam “de forma contínua e ostensiva” como maquiadores, inclusive acompanhando Hilton em viagens internacionais, como a Europride em Portugal e na França. Os parlamentares pedem que o MPF investigue eventual dano ao erário e sugere que o caso também seja levado ao Tribunal de Contas da União (TCU) para análise da legalidade dos gastos públicos relacionados.
Além disso, os autores informaram que uma denúncia similar está sendo preparada para ser encaminhada ao Conselho de Ética da Câmara.
Em resposta, a deputada Erika Hilton negou as acusações em nota publicada nas redes sociais. Ela afirmou que os assessores exercem funções típicas do gabinete, como elaboração de relatórios, preparação de briefings e interlocução com a população, ressaltando que a atuação como maquiadores é uma coincidência. “Eu não contrato maquiador com verba de gabinete. Isso é simplesmente uma invenção”, declarou.
Erika Hilton ainda atribuiu a denúncia a motivações políticas, classificando a ação como uma tentativa de desmoralizar seu mandato. Segundo ela, o episódio reflete a reação de adversários que não aceitaram derrotas em projetos de lei e denúncias por ela apresentadas.
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