PF indica Bolsonaro e aliados por esquema da “Abin paralela” ao STF
As ações envolveriam o uso indevido de ferramentas de monitoramento estatal para fins políticos e pessoais.

A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o caso da chamada “Abin paralela” e encaminhou o relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (11). Com mais de 800 páginas e mantido sob sigilo, o documento traz o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, do vereador Carlos Bolsonaro e do atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa.
O foco da investigação são supostas atividades ilegais conduzidas por uma estrutura informal dentro da Abin durante o governo Bolsonaro. O grupo, segundo a PF, operava sob o comando direto de Ramagem, que à época era ligado ao núcleo mais próximo da Presidência da República. As ações envolveriam o uso indevido de ferramentas de monitoramento estatal para fins políticos e pessoais.
Durante as apurações, a Polícia Federal também identificou indícios de obstrução à investigação por parte da atual cúpula da Abin, já sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que amplia o alcance institucional do caso.
As diligências integraram cinco fases da operação Última Milha, centrada em Ramagem, e duas fases da Vigilância Aproximada, que apura a atuação de Carlos Bolsonaro e de seus assessores mais próximos.
Segundo divulgado pela Band News, o caso agrava o cenário político às vésperas das definições partidárias para as eleições de 2026, ao atingir diretamente figuras centrais do bolsonarismo e abrir novas frentes de tensão entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
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