Terminal de petróleo pode render R$ 80 mi em royalties à Grande Vitória
A engenharia conceitual já foi finalizada e conta com 44 simulações de manobrabilidade aprovadas.

Com previsão de entrar em operação no segundo semestre de 2027, o novo Terminal de Granéis Líquidos (TGL) Praia Mole deve consolidar o Espírito Santo como um dos principais polos logísticos de exportação de petróleo do país. Além de reforçar a posição estratégica do Estado no mercado energético global, o empreendimento trará impactos diretos para os cofres públicos dos municípios da Grande Vitória, com estimativa de geração de até R$ 80 milhões em royalties para Vitória, Serra e Vila Velha.
O projeto, operado pela Blue Terminals – empresa do Zmax Group –, prevê um investimento de R$ 340 milhões e capacidade de movimentação de até 14 milhões de toneladas de petróleo por ano, o equivalente a cerca de 100 milhões de barris. A estrutura será apta a receber navios de grande porte do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier) e está com licenciamento ambiental em andamento junto ao IEMA.
Segundo estimativas da operadora, a divisão dos royalties deve contemplar Vitória com 40% do montante, e Serra e Vila Velha com 30% cada, com base em projeções de preço e volume de 2023. Além disso, o terminal promete ampliar a arrecadação estadual com R$ 268 milhões anuais em valor adicionado ao PIB capixaba e R$ 156 milhões por ano em tributos federais e municipais (PIS, Cofins, IR e ISS).
O diretor executivo da Blue Terminals, Bruno Fardin, destaca o impacto do terminal para a balança comercial do Estado:
“O Espírito Santo é o terceiro maior produtor de petróleo do Brasil, mas ainda exporta pouco do que produz. O TGL Praia Mole muda esse cenário e fortalece o protagonismo capixaba na logística de exportação”.
O projeto também tem apelo político e social: deve gerar até 4 mil empregos diretos, indiretos e induzidos, além de adotar rigorosos protocolos de segurança ambiental, seguindo normas da Organização Marítima Internacional (IMO), da Marinha do Brasil e da ANTAQ. Entre os sistemas previstos estão monitoramento contínuo, contenção automatizada, navios com casco duplo e um centro de controle operacional.
A engenharia conceitual já foi finalizada e conta com 44 simulações de manobrabilidade aprovadas. O terminal também tem memorando de entendimento firmado com a VPorts, autoridade portuária da região, e com a Petrobras – movimento que reforça o apoio institucional e alinha o projeto à política energética nacional.
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