Crochê e autoestima: projeto transforma vidas em Muniz Freire
A ação oferece oito oficinas gratuitas voltadas para crianças, adolescentes e mulheres da terceira idade atendidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) local.

O município de Muniz Freire, na região do Caparaó capixaba, está sendo palco de uma iniciativa que une arte, tradição e inclusão social. Trata-se do projeto “Oficina de Produção de Acessórios em Crochê”, idealizado pela artista visual e artesã Dara Garcia Lúcio. A proposta foi selecionada pelo edital 001/2025 da Secretaria Municipal de Cultura, com recursos da Lei Aldir Blanc.
A ação oferece oito oficinas gratuitas voltadas para crianças, adolescentes e mulheres da terceira idade atendidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) local. Além do ensino técnico do crochê, desde os pontos básicos até a produção de acessórios de moda, o projeto visa resgatar memórias afetivas, estimular a criatividade e fortalecer a autoestima dos participantes.
“Ensinar essa técnica às novas gerações é preservar uma parte da nossa história. O crochê vive nas colchas das avós, nas toalhas das mesas, nas roupas feitas com cuidado”, destaca Dara, que atua há mais de uma década com o artesanato.
Durante os encontros, os jovens terão contato com referências modernas do crochê, incluindo peças contemporâneas criadas pela própria Dara e outras utilizadas por artistas e celebridades. A proposta é conectar a tradição com a estética atual, tornando a prática mais atrativa para o público jovem.
Como resultado prático das oficinas, os participantes produzirão ao menos 10 peças autorais, que serão expostas em uma mostra na sede do CRAS. Os trabalhos também serão registrados em um catálogo digital e divulgados em um blog criado para o projeto. A iniciativa se encerrará com um evento especial de confraternização e entrega de certificados.
Entre os objetivos do projeto estão o incentivo à geração de renda por meio do artesanato, o acesso à cultura para públicos em situação de vulnerabilidade e a valorização das expressões culturais locais. Segundo a coordenadora, mais do que ensinar uma técnica, a oficina busca tecer caminhos de empoderamento e pertencimento por meio da arte feita à mão.
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