ACL homenageia Dom Luiz Fernando Lisboa e dá posse a novas integrantes
O evento reafirmou o compromisso da Academia Cachoeirense de Letras com o incentivo à produção literária e a preservação da memória cultural de Cachoeiro de Itapemirim.

A valorização da arte, da literatura e da cultura local marcou a solenidade promovida pela Academia Cachoeirense de Letras (ACL) na noite de sábado (25), no Salão Paroquial da Igreja Nosso Senhor dos Passos, em Cachoeiro de Itapemirim. O evento reuniu autoridades, escritores, artistas e representantes da sociedade civil, e foi aberto com uma apresentação emocionante do Coral Vozes de Cachoeiro, que encantou o público com um repertório de músicas brasileiras.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiDurante a cerimônia, o bispo diocesano de Cachoeiro de Itapemirim, Dom Luiz Fernando Lisboa, foi agraciado com o título de Membro Honorário da ACL, em reconhecimento à sua relevante contribuição intelectual, cultural e social. A honraria é concedida a personalidades cuja atuação fortalece o campo das letras e da cultura, tanto no cenário local quanto nacional.
De acordo com o estatuto da Academia, os membros honorários não ocupam cadeiras nem participam das votações internas, mas recebem o título como símbolo de reconhecimento por sua trajetória e compromisso com os valores da instituição.
Dom Luiz Fernando Lisboa, que assumiu a Diocese de Cachoeiro em 2021 após atuar como bispo de Pemba, em Moçambique, é amplamente conhecido por sua postura firme na defesa dos direitos humanos e da dignidade das pessoas. Sua atuação em território africano, marcada pela coragem diante de conflitos e violações, consolidou seu legado de fé e compromisso social.
Além da homenagem ao bispo, a solenidade também foi marcada pela posse de três novas acadêmicas: Dandara Dias, Virgínia Pastore e Roberta Gomes, eleitas em setembro deste ano. A entrada das novas integrantes amplia a representatividade feminina e reforça a pluralidade cultural dentro da instituição, fundada em 19 de maio de 1962.
Professora, historiadora e agente cultural, Dandara Dias tem trajetória ligada ao ativismo social, ambiental e antirracista. É idealizadora de projetos voltados à valorização da cultura afro-brasileira e atua na Diocese de Cachoeiro como coordenadora da Pastoral Afro-Brasileira.
Virgínia Pastore, escritora e poetisa, é uma das fundadoras do Coletivo Escritoras Cachoeirenses, movimento literário que vem se destacando na cena cultural da cidade. Publica desde 2017 e prepara o lançamento de seu primeiro romance, Matadores de Deuses.
Já Roberta Gomes, psicanalista e psicopedagoga clínica, é autora de contos, crônicas e poemas presentes em diversas antologias, como Linhas Literárias (2023) e Elas Poetas (2024), lançada na FLIP-Paraty. Além disso, conduz oficinas literárias e projetos de educação musical.
O evento reafirmou o compromisso da Academia Cachoeirense de Letras com o incentivo à produção literária e a preservação da memória cultural de Cachoeiro de Itapemirim, celebrando a união entre tradição, diversidade e renovação artística.