Nave alienígena ou meteoro? Saiba mais sobre o 3I/ATLAS que se "aproxima" da terra
Segundo observações iniciais, ele entrou já no que se denomina “sistema solar interior”, ou seja, a zona em que orbitam os planetas rochosos

Desde sua descoberta, o 3I/ATLAS atraiu atenção da comunidade científica e do público em geral e trouxe algumas dúvidas e questionamentos como, por exemplo, o que exatamente ele é: um meteoro ou um cometa? Há risco de colisão com a Terra? Até que ponto a hipótese de ser uma nave alienígena merece crédito?
No dia 1.º de julho de 2025, foi anunciada a detecção de um objeto incomum ingressando na região mais interna do Sistema Solar: o 3I/ATLAS. Segundo observações iniciais, ele entrou já no que se denomina “sistema solar interior”, ou seja, a zona em que orbitam os planetas rochosos, com uma trajetória hiperbólica, o que indica que ele não está gravitacionalmente ligado ao Sol e, portanto, tem origem fora do nosso sistema planetário.
O que é o 3I/ATLAS? Meteoro, cometa interestelar ou nave extraterrestre?
De acordo com informações da Nasa Science o primeiro ponto, e mais aceito pelos astrônomos, é que 3I/ATLAS deve ser classificado como objeto interestelar. Isso porque sua órbita apresenta excentricidade maior que 1, o que caracteriza uma trajetória hiperbólica: ele não está preso gravitacionalmente ao Sol e, ao “ser remontado no passado”, sua trajetória aponta para fora do Sistema Solar. Em outras palavras, é um visitante, não um objeto nato do nosso sistema.
Observações ainda sugerem que o movimento do 3I/ATLAS enquadra-se em atividade cometária, mesmo quando ainda estava relativamente distante do Sol. Segundo a Nasa, telescópios capturaram sinais de emissão de poeira, formação de nuvem gasosa ao redor do núcleo e evidências químicas como dióxido de carbono (CO₂) e gelo de água, consistentes com comportamento de cometas.
A hipótese da nave alienígena: até onde vai?
Mesmo com forte tendência ao modelo natural (cometa), não faltaram especulações mais audaciosas, em especial a do astrofísico Avi Loeb (Harvard). Ele colocou em debate a possibilidade de que 3I/ATLAS não seja apenas um corpo natural, mas um artefato tecnológico.
Entretanto a comunidade científica permanece cética em relação a essa hipótese. A NASA, por exemplo, em comunicado, rejeitou a ideia de origem tecnológica e afirma que trata-se de um cometa interestelar natural.
Conforme mostra um artigo, publicado no The Guardian, a “NASA desmente reivindicação de cometa fabricado por alienígenas”.
Além disso, parte considerável dos astrônomos entende que os dados já observados até agora podem ser explicados por processos naturais, sem necessidade de invocar tecnologia inteligente.
Qual será a distância mínima até a Terra?
Estimativas apontam que 3I/ATLAS não se aproximará da Terra de forma perigosa. Dados públicos estimam uma proximidade de cerca de 1,8 unidades astronômicas (~270 milhões de quilômetros) da Terra. Artigos publicados pelo portal especializado Space preveem distâncias seguras ainda maiores, suficientes para descartar qualquer cenário de colisão.
Portanto, com o conhecimento atual das órbitas, trajetórias e previsões, não existe motivo para pânico: o 3I/ATLAS está sendo observado com atenção, mas não representa ameaça para a vida humana ou para o planeta.
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