COP30

Plano de adaptação da saúde às mudanças climáticas será apresentado na COP30

O Plano de Ação para a Saúde de Belém, foi elaborado com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e possui três eixos.

Foto: Joã Risi / Ministério da Saúde

O setor de saúde brasileiro deve passar por mudanças tendo em vista às mudanças climáticas. Um novo plano de atuação deve ser apresentado durante a COP30, que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.

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O Plano de Ação para a Saúde de Belém, foi elaborado com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e possui três eixos.

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Além de fortalecer o monitoramento e a vigilância, o documento também contará com a preparação dos serviços e profissionais e inovação sustentável na cadeia produtiva da saúde:

Confira detalhes sobre cada eixo:

Eixo 1 – Vigilância Climática Integrada
  • Criação de um sistema nacional de vigilância climática e sanitária integrada.
  • Integração e cruzamento de dados ambientais e de saúde para identificação precoce de riscos.
  • Monitoramento contínuo de ondas de calor, níveis de poluição, mudanças na qualidade da água e doenças transmitidas por vetores.
  • Uso de tecnologias de análise de dados e inteligência artificial para antecipar surtos e emitir alertas preventivos.
  • Cooperação entre órgãos de meio ambiente, meteorologia e vigilância em saúde.
Eixo 2 – Preparação dos Serviços de Saúde para Condições Extremas
  • Implementação de planos de contingência voltados a eventos climáticos extremos.
  • Treinamento de equipes médicas e técnicas para atuação em situações de emergência climática.
  • Adequação da infraestrutura hospitalar e das unidades básicas de saúde para resistir a altas temperaturas, enchentes e apagões.
  • Criação de protocolos de resposta rápida para crises decorrentes de calor extremo, tempestades ou desastres naturais.
  • Garantia de estoques estratégicos de medicamentos e insumos para emergências.
  • Ampliação do acesso a água potável e energia limpa nas unidades de saúde em regiões vulneráveis.
Eixo 3 – Sustentabilidade na Cadeia Produtiva da Saúde
  • Revisão dos processos produtivos da área da saúde, reconhecida como um dos setores mais poluentes do planeta.
  • Redução do uso de plásticos descartáveis e incentivo a materiais biodegradáveis.
  • Desenvolvimento de medicamentos mais resistentes a variações de temperatura, reduzindo perdas logísticas.
  • Revisão de embalagens para diminuir o impacto ambiental.
  • Adoção de energias renováveis em hospitais, laboratórios e indústrias farmacêuticas.
  • Incentivo à economia circular e à gestão adequada de resíduos hospitalares.

O Plano de Ação para a Saúde de Belém deverá ser incorporado ao Adapta-SUS. Nesse contexto, estados e municípios deverão incluir as ações no planejamento orçamentário local. O objetivo é consolidar uma resposta nacional coordenada às mudanças climáticas, com foco em prevenção, sustentabilidade e resiliência do sistema de saúde.

Graduado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade 2 de Julho e MBA em Comunicação Corporativa pela Unifacs, já trabalhou como produtor de jornalismo all news na Band News FM Salvador. Exerceu a função de assessor de imprensa e comunicação na Prefeitura de Madre de Deus, Grupo Varjão e Câmara Municipal de Salvador.

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