Famílias capixabas terão CGM gratuito após aprovação de projeto na Ales
A Assembleia Legislativa aprovou, em urgência, o projeto que garante o monitoramento contínuo de glicose para crianças de até 12 anos com diabetes tipo 1.

O deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), presidente da Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, garantiu uma conquista decisiva para 1.200 famílias capixabas. Contudo, a Assembleia Legislativa aprovou, em regime de urgência, o Projeto de Lei 793/2023, que determina o fornecimento gratuito do Monitoramento Contínuo de Glicose (CGM) para crianças de até 12 anos com diabetes tipo 1. A proposta segue agora para sanção do governador Renato Casagrande (PSB).
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos (União Brasil), priorizou a votação pela relevância social da matéria. Ele conduziu a assinatura do autógrafo ao lado de Gandini e reforçou o compromisso do Parlamento com políticas públicas de saúde. “Cuidar das pessoas e garantir direitos é prioridade. Essa matéria precisava avançar”, afirmou Marcelo.
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Dessa forma, o deputado Fabrício Gandini explicou que o CGM representa um avanço essencial no cuidado das crianças com diabetes. Isso porque, o sensor, aplicado no braço, monitora a glicose continuamente sem agulhas, sem furos e sem exposição ao sangue, oferecendo mais segurança e conforto. O equipamento será distribuído pelas Farmácias Cidadãs Estaduais.
“Monitoramento transformador”
Gandini também destacou o diálogo com o governo estadual. Ele chegou a propor a ampliação do benefício para adolescentes até 18 anos, mas, após avaliação de impacto financeiro, concordou em manter a idade máxima em 12 anos para assegurar a viabilidade do programa. “Esse monitoramento é transformador. Ensina crianças e famílias a entender como o corpo reage aos alimentos e permite conviver com o diabetes com mais autonomia. Estamos dando às nossas crianças uma chance real de evitar complicações futuras”, afirmou.
Por fim, as comissões de Justiça, Saúde e Finanças emitiram parecer favorável ao projeto, que recebeu emenda determinando que o fornecimento do CGM ocorrerá mediante prescrição de médico especialista da rede pública. Segundo Gandini, o avanço chega em um momento de crescimento global das doenças crônicas.
“Sem controle adequado, o diabetes pode causar complicações graves, como problemas renais, cegueira, amputações e AVC. O CGM prepara a criança para um acompanhamento responsável desde cedo”, completou.
