Política Nacional

Em sabatina, Zanin se defende de críticas sobre imparcialidade

"Não vou mudar de lado, pois meu lado sempre foi o mesmo: a Constituição", afirmou.

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Zanin e Lula
Foto: Ricardo Stuckert

Em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, disse que sabe a “distinção entre papel de advogado e ministro” do STF. Ele foi advogado de Lula na Lava Jato e sua indicação foi criticada por suposta imparcialidade.

“Não vou mudar de lado, pois meu lado sempre foi o mesmo: a Constituição”, afirmou. “Para mim só existe um lado, o outro é barbárie, abuso de poder”. Zanin também disse se sentir “seguro” e com “experiência necessária” para julgar temas relevantes e com impacto à sociedade.

Em aceno à oposição, o advogado disse que a “diversidade de pensamento é o que nos une” e que, em reuniões com lideranças, bancadas e senadores, teve “certeza que posições democráticas estão acima de qualquer interesse”.

Cristiano Zanin focou a primeira parte de sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça para promover sua atuação no direito empresarial. Ele também se colocou como um crítico da violação de direitos, e citou sua defesa de Lula nos processos da Lava Jato.

“Embora tenha uma carreira marcada basicamente no direito empresarial, fui coautor do habeas corpus que resultou na anulação das condenações do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também de defesas técnicas que foram apreciados nos mais diversos tribunais do País”, disse o advogado. Ele deu as declarações antes de os senadores começarem a fazer perguntas, enquanto lia um discurso.

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