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Internacional

Papa relata falta de ar e suspende discurso duas semanas após cirurgia

O pontífice fez o comentário para explicar por que escolheu não fazer o discurso que havia sido preparado para uma visita a voluntários da caridade de igrejas do rito oriental.

Por Estadão

2 mins de leitura

em 22 de jun de 2023, às 16h43

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O papa Francisco disse nesta quinta-feira (22), que está com falta de ar e sentindo os efeitos da anestesia da cirurgia abdominal a qual foi submetido duas semanas atrás.

O pontífice fez o comentário para explicar por que escolheu não fazer o discurso que havia sido preparado para uma visita a voluntários da caridade de igrejas do rito oriental. “Ainda estou sob o efeito da anestesia”, disse Francisco, segundo o Vatican News. “Minha respiração não está boa.”

O pontífice de 86 anos passou por três horas de cirurgia sob anestesia geral em 7 de junho para reparar uma hérnia na parede abdominal e remover o tecido cicatricial intestinal. Ele recebeu alta em 16 de junho, com seu cirurgião dizendo que ele estava “melhor do que antes”.

Francisco já havia reclamado antes de sentir os efeitos de anestesias muito tempo depois de procedimentos cirúrgicos, inclusive após uma operação que fez em 2021 para remover 33 centímetros do seu intestino grosso. Ele citou essa reação ao recusar-se a fazer uma cirurgia para reparar ligamentos tensos no joelho.

O cirurgião que o operou em 2021 e 2023, Sergio Alfieri, do hospital Gemelli de Roma, enfatizou que não houve nenhuma reação adversa à anestesia em nenhuma das vezes, embora ele reconhecesse que “ninguém gosta” de ser submetido a ela e operado.

Francisco teve parte de um pulmão removido quando jovem, após uma infecção respiratória, e teve uma internação de três dias na primavera passada por conta de bronquite. Ele costuma falar sussurrando e pode parecer sem fôlego, especialmente quando está fisicamente tenso.

Parte de sua reabilitação após a cirurgia mais recente envolveu exercícios respiratórios. Alfieri pediu calma a Francisco, para que a cicatriz se feche completamente e ele possa se recuperar bem antes das próximas viagens, em agosto, para Portugal e Mongólia.

Francisco não seguiu exatamente as ordens dos médicos, realizando uma lista normal de audiências nos últimos dias, incluindo reuniões de alto nível esta semana com os presidentes de Cuba e do Brasil.

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