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Ginecologista é preso sob suspeita de abuso sexual contra pacientes

Ele é acusado de fazer as vítimas crerem que estavam sendo submetidas a um procedimento adequado, mas tocava os órgãos genitais das mulheres de forma libidinosa

Por Estadão

2 mins de leitura

em 07 de jul de 2023, às 15h02

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Um médico ginecologista suspeito de abusar sexualmente das pacientes foi preso, nesta quinta-feira, 6, em operação da Polícia Civil do Distrito Federal. Segundo a denúncia, ele é acusado de fazer as vítimas crerem que estavam sendo submetidas a um procedimento adequado, mas tocava os órgãos genitais das mulheres de forma libidinosa. O mandado de prisão do profissional foi expedido pelo juízo da 2ª Vara Criminal do DF.

A equipe de investigação da Seção de Atendimento à Mulher da 12ª Delegacia de Polícia realizou a Operação Asmodeus (demônio na mitologia judaica), mobilizando até apoio aéreo para prender o médico. Celso Satoru Kurike foi localizado próximo à cidade de Formosa, em Goiás, a 80 km de Brasília, e levado para a carceragem da Polícia Civil do DF. A prisão é preventiva, segundo a polícia. A defesa do médico disse que ele se declara inocente.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que o médico usava de artifícios que não faziam parte dos protocolos de atendimento para conseguir praticar atos libidinosos com as vítimas. Ao menos duas pacientes relataram terem sido abusadas pelo médico quando estavam deitadas para o atendimento.

Outras possíveis vítimas ainda serão ouvidas formalmente. O mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal menciona a prática, em tese, de crimes de violação sexual mediante fraude.

O Conselho Regional de Medicina no Distrito Federal (CRM-DF) informou que, após surgirem as primeiras denúncias, o médico teve sua conduta apurada por meio de processo ético profissional, resultando na aplicação de penalidade de suspensão por 30 dias, em fevereiro do ano passado. Conforme o CRM, os novos fatos estão sendo apurados “com respeito ao sigilo profissional”.

O defensor do médico, advogado Eduardo Teixeira, disse que o processo corre em segredo de Justiça e que foram apresentados nos autos todos os elementos informativos aptos a demonstrar que as acusações são inconsistentes. A defesa considera que não foram preenchidos os requisitos para a prisão preventiva e vai pedir sua substituição por medidas alternativas.

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