Botafogo acorda no 2º tempo e busca virada contra o Guaraní
A equipe de Bruno Lage fez um primeiro tempo abaixo do esperado, saiu em desvantagem, mas cresceu muito na etapa final com as entradas de Segovia e Tiquinho Soares e buscou a virada, por 2 a 1
O Botafogo vai para o Paraguai em vantagem na próxima semana, podendo empatar com o Guaraní para avançar às quartas de final da Copa Sul-Americana. Nesta quarta-feira, no Engenhão, a equipe de Bruno Lage fez um primeiro tempo abaixo do esperado, saiu em desvantagem, mas cresceu muito na etapa final com as entradas de Segovia e Tiquinho Soares e buscou a virada, por 2 a 1, com gol de seu artilheiro nos minutos finais.
Foi o quarto gol do artilheiro nos últimos três jogos. Desta vez, garantiu um triunfo do time em cobrança precisa de pênalti, para explosão da torcida no Engenhão. O duelo de volta será na próxima quarta, também as 19 horas, no Defensores del Chaco, em Assunção.
Depois de decepcionar em casa no último jogo da fase de grupos da Sul-Americana e não avançar às oitavas diretamente ao tropeçar contra o Magallanes – com o 1 a 1 precisou jogar um mata-mata extra com o Patronato -, o Botafogo prometia seriedade e intensidade na ida contra os paraguaios do Guaraní.
Bruno Lage mandou um time forte a campo, mesmo poupando Lucas Perri, Marçal, Júnior Santos e Tiquinho Soares, todos no banco de reservas. Com Gatito Fernández no gol, e Victor Sá e Janderson na frente, a ideia era pressionar desde o início para abrir vantagem no jogo e, consequentemente, no confronto.
A torcida, entusiasmada com o momento iluminado do time, líder disparado no Brasileirão, fazia sua festa inicial nas arquibancadas do Engenhão quando veio um duro golpe. Logo com três minutos, Cáceres arrancou do meio, enfileirou marcadores e tocou para Moreira servir Romeo Benítez. O atacante só escorou para a rede e saiu festejando.
Camacho ampliou aos 12, em belo gol por cobertura. Mas estava em impedimento, para alívio dos botafoguenses – ainda perderia boa chance no fim da etapa. Ficar com dois gols atrás diante de um time que se caracteriza pela forte marcação seria um prejuízo enorme. Um tanto nervoso, o Botafogo sofria para ameaçar a meta de Muñoz, mesmo jogando no campo ofensivo.
A primeira grande chance de empate veio com Di Plácido, livre, cruzando para a pequena área. Eduardo chegou atrasado e Bruno Lage lamentou muito a oportunidade desperdiçada. Antes do intervalo, o Botafogo já apelava aos chuveirinhos, com diversos cruzamentos para a área sem encontrar ninguém. Com a bola no chão, Marlon Freitas carimbou o travessão.
Antes do intervalo, a arbitragem teve de chamar a atenção de Bruno Lage, visivelmente irritado. Com o time e pela não aplicação de cartões amarelos ao rival. O descontentamento do técnico ficou evidente com as trocas no descanso. Voltou com o talismã Segovia, o artilheiro Tiquinho Soares e o zagueiro Phillipe Sampaio na vaga do machucado Adryelson.
As trocas fizeram o Botafogo, enfim, acertar o gol – não mandou no alvo nos primeiros 45 minutos. Cuesta, de cabeça, e Eduardo, de virada, obrigaram Muñoz a trabalhar. O goleiro, mesmo sentindo a virilha, defendeu bem, evitando o empate. Ainda fez milagre em puxeta do meia, mandando para escanteio. Após a cobrança, veio a merecida igualdade. A zaga afastou mal, Hugo dominou e mandou no ângulo.
A partida virou ataque contra defesa, em enorme pressão dos cariocas. E uma série de oportunidades desperdiçadas. Faltava calma na hora de mandar às redes. Até Tiquinho Soares errou o alvo. Júnior Santos mandou quase para lateral, em demonstração de nervosismo. Os paraguaios abdicaram de atacar, satisfeitos com o empate parcial. Mas a atitude custou caro. Aos 42, Romero derrubou Júnior Santos na área. Tiquinho Soares bateu o pênalti com força, no alto, e definiu a virada.
DERROTA DOLOROSA
O Goiás sofreu um duro revés de 3 a 0 diante do Estudiantes em La Plata, na Argentina. Depois de um primeiro tempo intenso e de boas chances desperdiçadas, a equipe esmeraldina acabou prejudicada com a expulsão de Bruno Santos logo no primeiro minuto da fase final. O lateral levantou demais o pé e acertou o peito do atacante argentino.
Com um a mais, o Estudiantes foi com tudo para o ataque e abriu o marcador aos 8 minutos, em cabeçada de Carrillo. Não demorou muito para os mandantes ampliarem. Novo cruzamento, Apodi deu bobeira e a bola sobrou para belo voleio de Rolheiser, que definiria a ótima vantagem após bate-rebate na área.
Estadao Conteudo
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