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Nacional

Polícia investiga morte de mulher após cirurgia plástica

A servidora pública Norma Eduarda da Fonseca foi atendida pelo cirurgião Rodrigo Credidio, que realizou uma série de procedimentos durante sete horas de cirurgia, em fevereiro

Por Estadão

3 mins de leitura

em 29 de abr de 2024, às 09h00

Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a morte de uma mulher de 59 anos após ela passar por cirurgias plásticas em um hospital de Belo Horizonte. O médico que a atendeu é investigado por possível erro médico.

A servidora pública Norma Eduarda da Fonseca foi atendida pelo cirurgião Rodrigo Credidio, que realizou uma série de procedimentos durante sete horas de cirurgia, em fevereiro. Segundo informações obtidas pela polícia com a família da paciente, ela chegou a receber alta depois da operações.

Nos dias seguintes, no entanto, Norma começou a se sentir mal, com sintomas como vômito, diarreia, inchaço abdominal, além de indícios de necrose nos locais operados. Ao relatar o problema ao cirurgião, a família da vítima disse que o médico apenas respondeu às preocupações deles por mensagens, sem pedir um retorno hospitalar para ver a paciente presencialmente.

Ainda segundo a família, com a piora do quadro, ela foi encaminhada para um hospital da capital mineira, ficou dois meses internada em consequência das complicações pós-operatórias e morreu por falência múltipla dos órgãos no último dia 17 de abril, após contrair uma bactéria.

O Estadão tentou contato com o médico Rodrigo Credidio pelas redes sociais da clínica, além de e-mails e telefone, mas não conseguiu resposta até o momento. Ele tem mais de 84 mil seguidores em sua conta no Instagram.

Em nota enviada ao jornal O Globo, o médico lamentou a morte da paciente, mas negou qualquer possibilidade de erro médico de sua parte nos procedimentos realizados. “Esclareço que as razões que a levaram a um grave quadro de infecção e, consequentemente, a óbito não têm relação com o procedimento realizado há mais de 60 dias, que ocorreu sem nenhum tipo de intercorrência”, disse.

Ele refutou ainda as acusações da família de que não prestou a devida assistência à paciente. “Ressalto que acompanhei pessoalmente a paciente em sua entrada no hospital, em razão de ter contraído uma virose. Nessa ocasião, conforme comprovado mediante exames de sangue, não constava nenhum sinal da presença de bactéria multirresistente. A confirmação só ocorreu, nessa mesma unidade de saúde, um mês após a realização do procedimento conduzido por mim, o que confirma a impossibilidade de ligação entre os eventos.”

Norma era servidora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde trabalhava na secretaria administrativa da Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (Proplan). O pró-reitor da área, Maurício Freire, lamentou a perda e afirmou que a servidora “era uma funcionária tecnicamente admirável”, mas, “acima de tudo, uma pessoa maravilhosa, agregadora, alegre e que constantemente estava procurando resolver qualquer problema que pudesse tirar a harmonia” do ambiente de trabalho. “Vai fazer muita falta”, declarou.

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