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Cidades

Criança mordida por cuidadora não voltará para escola em Cachoeiro

A mãe do menino quer que a mulher responda criminalmente pelo ato

Por Pammela Volpato

3 mins de leitura

em 28 de maio de 2024, às 12h51

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Uma criança de três anos de idade, que foi mordida no braço esquerdo por uma cuidadora, dentro de uma escola municipal de Cachoeiro, não voltará para a unidade. De acordo com a mãe, o menino está assustado e com medo. Por se tratar de um caso envolvendo menor de idade, o nome e localização da escola não serão informados para preservar a integridade da criança.

A mulher, de 25 anos, contou que a agressão aconteceu na última quarta-feira (22).Segundo ela, a escola entrou em contato informando que o filho teria mordido uma coleguinha no período da manhã e ela teria o mordido à tarde. Porém, ao chegar em casa a história contada pelo menino foi outra.

“Quando vi a marca vermelha no braço do meu filho fiquei assustada. Conversei com ele explicando que não podia morder, que era feio. Em seguida perguntei o nome da coleguinha que tinha mordido e ele falou que foi a tia”, conta a mãe.

Ela relatou que ainda insistiu que teria sido uma coleguinha e pediu para que ele dissesse o nome. Contudo, o menino não soube dizer, apenas repetia que teria sido a tia. “No início eu fiquei em dúvida, mas diante da insistência dele, pedi que me mostrasse no outro dia quem o tinha mordido. Assim que viu a cuidadora ele apontou o dedinho e ficou afirmando que tinha sido ela”, ressaltou a mãe.

Imagens

Ela foi até a professora, que no primeiro momento, negou que tenha sido a cuidadora. Mas diante da insistência da criança, a professora questionou a cuidadora, que por sua vez, teria confessado diante da pedagoga que realmente mordeu o menino após ter sido mordida por ele. A mulher atuava como cuidadora de outra criança, que estuda na mesma sala da vítima.

A mãe contou que foi chamada na escola e teve acesso às imagens de segurança, porém, a mordida teria acontecido dentro do banheiro, onde não há câmeras. “Ela sai do banheiro puxando ele pelo braço direito e ele com o outro braço encolhido, deu para perceber que estava sentindo dor. Depois ele aparece chorando várias vezes”.

A mãe registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Cachoeiro e fez exames de corpo delito no menino. Além disso, registrou uma reclamação junto a ouvidoria da Secretaria Municipal de Educação (Seme).

“É revoltante! Eu senti muita raiva, tremi dos pés até a cabeça. Ver meu filho tão indefeso e inocente em uma situação dessas. Essa mulher é cuidadora de uma criança deficiente, não dá para saber se já fez isso antes. É muita covardia”, lamenta.

Criança não voltou para a escola

Depois do ocorrido, a mãe contou que o menino não voltou e nem vai voltar mais para a escola. “Infelizmente não é seguro e não confio mais na escola. Estou mandando ele para um hotelzinho, mas estou pensando até em sair do trabalho para cuidar do meu filho. É muito difícil saber que o filho passou por uma situação dessas e a gente não poder fazer nada para defender, estou com o coração em pedaços”.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Seme), a cuidadora foi exonerada. Além disso, foi instaurado um processo administrativo e o caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público.

Contudo, a mãe do menino quer que a mulher responda criminalmente pelo ato. “Perder o emprego é o de menos! Ela cometeu um crime contra uma criança indefesa e precisa pagar por isso. Eu sei me defender e ela também, mas meu filho é indefeso. Também não quero que ela faça isso com outra criança”, finaliza.

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