Criança mordida por cuidadora não voltará para escola em Cachoeiro
A mãe do menino quer que a mulher responda criminalmente pelo ato
Uma criança de três anos de idade, que foi mordida no braço esquerdo por uma cuidadora, dentro de uma escola municipal de Cachoeiro, não voltará para a unidade. De acordo com a mãe, o menino está assustado e com medo. Por se tratar de um caso envolvendo menor de idade, o nome e localização da escola não serão informados para preservar a integridade da criança.
A mulher, de 25 anos, contou que a agressão aconteceu na última quarta-feira (22).Segundo ela, a escola entrou em contato informando que o filho teria mordido uma coleguinha no período da manhã e ela teria o mordido à tarde. Porém, ao chegar em casa a história contada pelo menino foi outra.
“Quando vi a marca vermelha no braço do meu filho fiquei assustada. Conversei com ele explicando que não podia morder, que era feio. Em seguida perguntei o nome da coleguinha que tinha mordido e ele falou que foi a tia”, conta a mãe.
Ela relatou que ainda insistiu que teria sido uma coleguinha e pediu para que ele dissesse o nome. Contudo, o menino não soube dizer, apenas repetia que teria sido a tia. “No início eu fiquei em dúvida, mas diante da insistência dele, pedi que me mostrasse no outro dia quem o tinha mordido. Assim que viu a cuidadora ele apontou o dedinho e ficou afirmando que tinha sido ela”, ressaltou a mãe.
Imagens
Ela foi até a professora, que no primeiro momento, negou que tenha sido a cuidadora. Mas diante da insistência da criança, a professora questionou a cuidadora, que por sua vez, teria confessado diante da pedagoga que realmente mordeu o menino após ter sido mordida por ele. A mulher atuava como cuidadora de outra criança, que estuda na mesma sala da vítima.
A mãe contou que foi chamada na escola e teve acesso às imagens de segurança, porém, a mordida teria acontecido dentro do banheiro, onde não há câmeras. “Ela sai do banheiro puxando ele pelo braço direito e ele com o outro braço encolhido, deu para perceber que estava sentindo dor. Depois ele aparece chorando várias vezes”.
A mãe registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Cachoeiro e fez exames de corpo delito no menino. Além disso, registrou uma reclamação junto a ouvidoria da Secretaria Municipal de Educação (Seme).
“É revoltante! Eu senti muita raiva, tremi dos pés até a cabeça. Ver meu filho tão indefeso e inocente em uma situação dessas. Essa mulher é cuidadora de uma criança deficiente, não dá para saber se já fez isso antes. É muita covardia”, lamenta.
Criança não voltou para a escola
Depois do ocorrido, a mãe contou que o menino não voltou e nem vai voltar mais para a escola. “Infelizmente não é seguro e não confio mais na escola. Estou mandando ele para um hotelzinho, mas estou pensando até em sair do trabalho para cuidar do meu filho. É muito difícil saber que o filho passou por uma situação dessas e a gente não poder fazer nada para defender, estou com o coração em pedaços”.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Seme), a cuidadora foi exonerada. Além disso, foi instaurado um processo administrativo e o caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público.
Contudo, a mãe do menino quer que a mulher responda criminalmente pelo ato. “Perder o emprego é o de menos! Ela cometeu um crime contra uma criança indefesa e precisa pagar por isso. Eu sei me defender e ela também, mas meu filho é indefeso. Também não quero que ela faça isso com outra criança”, finaliza.
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