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Cidades

Professora de Guaçuí leva educação física do Brasil para o mundo

Mesmo com o fim da pandemia, professora de Educação Física, moradora do Caparaó capixaba, se destaca com aulas on-line e conquista aluna até no Japão.

Por Diorgenes Ribeiro

5 mins de leitura

em 03 de jun de 2024, às 10h48

Foto: Divulgação | Arquivo Pessoal
Foto: Divulgação | Arquivo Pessoal

Sabemos que a pandemia da Covid-19 foi um grande divisor de águas para todos do século XXI. No mercado de trabalho, a maioria dos profissionais teve que se reinventar para conseguir seguir em frente. Exemplo disso foi na área da educação.

Simone Aparecida Camarda, formada há 28 anos pela Universidade Federal de Viçosa em Educação Física, tem Especialização em Obesidade e Emagrecimento pela Universidade Veiga de Almeida e Formação Internacional no Método Hipopressivo pela escola Hipopressivo Brasil. Simone foi uma das milhares de professoras que, durante a Pandemia, realizaram aulas no método on-line. O diferencial é que, mesmo com o fim da Pandemia e retorno das aulas presenciais, Simone permaneceu com aulas remotas.

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A professora relata que durante a pandemia o contexto da educação foi um momento difícil de desafios onde os professores tiveram que se reinventar em todas as áreas, inclusive na educação física, buscando estratégias para a educação a distância.

Formato on-line e ao vivo

Mesmo com o fim da pandemia, Simone preferiu manter o formato on-line, e com um diferencial, as aulas são ao vivo. “Observei que a necessidade dessa categoria (on-line e ao vivo) não era apenas na pandemia, pois muitas mulheres não se adaptam, não se conectam no ambiente de academia, ou não têm com quem deixar os filhos nos horários em que se pode se exercitar, ou moram distantes. Enfim, uma opção para cuidar da saúde sem ter a necessidade de sair de casa, e com orientação personalizada”, diz a professora.

Moradora de Guaçuí, na Região do Caparaó, Simone diz que no início foi muito difícil se adaptar. No primeiro momento, a preocupação da professora era não deixar suas alunas de Personal sem se exercitarem naquele momento da pandemia que tudo parou. “A chamada de vídeo era pelo WhatsApp, mas confesso, não ficava bom. Comecei a pesquisar e conheci o Zoom. O desafio maior nesse início foi o material. Arrumei câmara de ar de bicicleta, lavei, cortei em pedaços iguais e distribuí para minhas alunas usarem como elástico, cabo de vassouras, galões de amaciantes. Aos poucos comprei materiais, orientei as alunas, mas sempre com possibilidades de usar materiais alternativos que temos em casa e que funcionam.”

As aulas são on-line, porém ao vivo. Esse é um diferencial que Simone identificou e conseguiu explorar, visto que há muitas plataformas de treinos, porém, apenas com aulas gravadas. “Outro diferencial é que o treino é completo, fazemos exercícios com pesos, utilizando técnicas e estratégias do treinamento para alcançar a intensidade desejada, aeróbicos e incluo o método hipopressivo voltado para abdômen e saúde, potencializando os resultados das minhas alunas”, ressalta.

Durante o treino on-line e ao vivo, a professora consegue ver cada uma de suas alunas, em uma tela grande de TV, podendo assim corrigir e orientar as mesmas. Durante os treinos, ela conta, que avalia a intensidade adequada para cada aluna e acompanha os relatos no pós-treino.

De São Paulo ao Japão

Com essa metodologia, a professora do Caparaó, se reinventou e tem conquistado diversas alunas por todo o Estado, pelo Brasil e até fora do País. Simone já tem aluna lá do outro lado do mundo, no Japão.  

Jerusa Azevedo Seratiuk, nasceu em Guaçuí, mas hoje mora na cidade de Yokohama, no Japão. Ela conta que conheceu o trabalho da Simone com as aulas on-line na pandemia. Isso porque uma amiga que já realizava aula com a professora gostou e indicou. “Na época eu morava em Curitiba. Ficamos toda a pandemia fazendo o treino em casa. Fui montando meu “kit” treino, e a cada mês comprava algo novo. Uma caneleira, uma anilha mais pesada. O resultado é ótimo. E sem falar da dose de endorfina diária que nos dá um ânimo para todo o dia”, relata a aluna.

Morando no Japão, Jerusa diz que os custos para frequentar as academias são muito caros e diferentes do ambiente do Brasil, e por isso resolveu voltar a treinar com a professora Simone, mesmo com o diferencial de fuso horário. “Já conhecia o trabalho dela e para mim ficou ótimo. Como temos 12h de diferença no fuso horário, é bem viável o horário do treino para mim. Novamente montei o meu Kit treino e estou muito feliz com meus resultados. Gosto do trabalho da Simone, não é um simples treino, ela faz pensando nas nossas dificuldades, nossas limitações e no nosso desenvolvimento. Ela fica no nosso pé. Se passou dois dias sem aparecer no treino, já vem uma mensagem no particular procurando saber se está tudo bem. Mesmo longe, ela está perto”, frisa Jerusa.

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Foto: Reprodução | Arquivo Pessoal – Jerusa Azevedo Seratiuk

Daniela Camarda da Silveira, mora na cidade de Jundiaí, no Estado de São Paulo. Também é aluna da professora Simone, e conta que começou as atividades on-line durante a pandemia. Acostumada a sair de casa e viver na correria de São Paulo, enfrentou grandes dificuldades em ficar isolada dentro de casa. Foi aí que começou a fazer exercícios on-line, na sala do apartamento.

“De lá para cá, deixou de ser uma necessidade apenas da pandemia. O fato de fazer exercícios em casa me ajudou a manter uma rotina. Tornou a prática de atividades físicas algo mais fácil, rápido e até mais barato. E com o mesmo resultado da academia. Gosto muito das aulas! O fato de ter um profissional acompanhando de perto a sua evolução, e de não precisar sair de casa para isso, faz o resultado ser ainda melhor”, relata a bancária de 31 anos.

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Foto: Reprodução | Arquivo Pessoal – Daniela Camarda da Silveira

Diversas alunas

A professora de Educação Física mantém apenas dois horários presenciais, os demais atendimentos são on-line. Distribuído em três horários durante o dia, Simone tem uma turma de 20 alunas, que residem em diversas cidades, São Paulo, Minas Gerais, Salvador, Vitória, Ibiraçu, Guaçuí e claro, no Japão.

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