Política Nacional

Erika Hilton: EUA emitem visto com gênero masculino e deputada reage

O documento, que deveria respeitar seus dados oficiais, foi emitido com o gênero masculino, contrariando sua documentação brasileira.

Por Flavio Cirilo

3 mins de leitura

em 16 de abr de 2025, às 11h38

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Um erro na emissão de visto pelo governo dos Estados Unidos levou a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) a denunciar o caso como um exemplo de transfobia diplomática. O documento, que deveria respeitar seus dados oficiais, foi emitido com o gênero masculino, contrariando sua documentação brasileira.

Como consequência, Erika Hilton cancela participação em evento internacional

Diante da situação, Erika Hilton cancelou sua presença na Brazil Conference at Harvard & MIT 2025, evento realizado esta semana em Cambridge, Massachusetts. A parlamentar afirmou que não aceitaria o apagamento de sua identidade de gênero em um ambiente diplomático internacional.

Desde o início, processo consular enfrentou entraves

De acordo com sua equipe, o processo de solicitação do visto começou com orientações equivocadas. Representantes da embaixada norte-americana indicaram, de forma incorreta, que Hilton solicitasse um visto de turista, embora estivesse em missão oficial.

Embora o tipo de visto tenha sido corrigido, o erro de gênero persistiu

Posteriormente, após os devidos esclarecimentos, o visto diplomático foi concedido. No entanto, o campo de gênero foi preenchido como masculino, gerando constrangimento e desrespeitando a identidade reconhecida legalmente pela documentação brasileira da deputada.

Em resposta, Erika Hilton critica postura institucional

Segundo a parlamentar, o erro não se resume a uma falha burocrática. “Trata-se de um ato de apagamento”, declarou. Com isso, Erika Hilton reforçou a crítica à diplomacia americana, que, na visão dela, ainda mantém protocolos excludentes para pessoas trans.

Em solidariedade, entidades e parlamentares reagem

Logo após a denúncia, diversas entidades de direitos humanos, ativistas e colegas parlamentares manifestaram apoio público a Erika Hilton. As reações evidenciaram a importância de promover respeito à identidade de gênero em todos os níveis de representação institucional.

Itamaraty é notificado, mas ainda não se posiciona

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores não se pronunciou oficialmente. Ainda assim, integrantes da equipe da deputada confirmaram que o Itamaraty foi acionado e que há tentativas de diálogo com a embaixada dos EUA para resolver a situação.

Especialistas pedem revisão nas normas consulares

Conforme especialistas em relações internacionais, o episódio destaca a urgência em revisar normas consulares. Segundo eles, casos como o de Erika Hilton demonstram que regras baseadas em políticas antigas ainda causam exclusão e constrangimento a pessoas trans.

Erika Hilton propõe mudanças estruturais nas diretrizes diplomáticas

Com isso em mente, a deputada defende mudanças nas diretrizes adotadas por embaixadas e consulados ao redor do mundo. Ela afirma que continuará lutando para garantir respeito à identidade de gênero em processos internacionais envolvendo representantes oficiais.

Apesar da polêmica, Erika Hilton ganha visibilidade global

Por fim, o nome de Erika Hilton ganhou repercussão internacional. O caso não apenas evidenciou os desafios enfrentados por pessoas trans em ambientes institucionais, como também fortaleceu sua imagem como liderança na luta por direitos e visibilidade trans no Brasil e no exterior.

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