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Ex-atriz revela diagnóstico de bipolaridade após ter sido estuprada

Diagnosticada com transtorno afetivo bipolar há duas décadas, Renata revelou que foi vítima de estupro e engravidou.

Por Kimberlly Soares

3 mins de leitura

em 20 de abr de 2025, às 16h50

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

A atriz e apresentadora Renata Sayuri, de 44 anos, conhecida por comandar o programa Band Kids e por atuações em novelas como Malhação (Globo) e Pequena Travessa (SBT), voltou a usar as redes sociais neste sábado (19) para compartilhar um relato sensível sobre sua trajetória e trazer à tona um episódio de violência sexual que marcou sua vida.

Diagnosticada com transtorno afetivo bipolar há duas décadas, Renata revelou que foi vítima de estupro, engravidou e acabou optando por interromper a gestação. “Existe um aspecto muito relevante no transtorno afetivo bipolar: o trauma. Segundo a ciência, qualquer pessoa pode ter predisposição à doença, mas ela só se manifesta após um evento traumático. Eu fui violentada e precisei fazer um aborto três meses depois”, contou.

A atriz também explicou os motivos que a levaram a expor esse capítulo de sua história apenas agora. “Seis meses após o abuso, fui internada em um sanatório e diagnosticada. Ninguém me perguntou o que havia acontecido. Passei mais de dez anos em luto, em silêncio. Muitas vezes, durante as minhas crises — que envolvem paranoia e neurose —, reagi de forma agressiva com homens na rua. Por quê? Porque minha mente retorna àquele lugar de 20 anos atrás. Eu me recordo de ter sido dopada, mas não sei como. Tenho apagões. Isso gera um colapso mental, uma busca incessante por respostas que talvez nunca existam”, explicou.

Ambiente profissional

Renata detalhou que a violência ocorreu em um contexto ligado ao ambiente profissional, após uma confraternização. “A situação se deu em um evento que era uma extensão do trabalho. Havia uma hierarquia envolvida. Um rapaz, que morava próximo ao local, me ofereceu carona, mas mudou o trajeto. Eu já saí da festa dopada. Não sei como foi. Havia bebida, eu consumi pouco, como sempre fazia. Eu tinha 23 anos e bebia com muita moderação. Desde então, passei a beber de forma mais adulta. Até hoje não sei qual substância foi. Fiquei em surto por quase três dias.”

A artista também comentou por que não denunciou o agressor. “Não registrei boletim de ocorrência, não procurei a Justiça, nem me pronunciei na época. Eu era jovem, contratada de uma empresa influente. A situação envolvia uma pessoa da mesma empresa — não era da minha equipe direta, mas o impacto seria grande. Isso incluiria duas pessoas, a corporação e ainda a existência de uma gravidez. E aí, o que fazer? Tomar uma decisão sem ouvir o agressor? Consultar a cúpula da empresa? Eu não tinha condições financeiras para custear advogados e teria que aguardar decisões superiores. Se esperasse, estaria gestando, sem poder decidir sobre meu corpo, nem dar à criança a opção de não nascer de uma violência.”

As informações são do BNews.

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