Política Nacional

Fernando Collor é desligado do PRD após decisão do STF

Sentença foi confirmada em última instância, o que gerou a suspensão automática de seus direitos políticos, conforme previsto no artigo 15 da Constituição Federal

Por João Paulo Alóchio

2 mins de leitura

em 25 de abr de 2025, às 17h58

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Partido da Renovação Democrática (PRD) anunciou nesta sexta-feira (25) o desligamento de Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República e ex-senador. A medida foi tomada após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que Collor deve começar a cumprir, em regime fechado, a pena de oito anos e dez meses a que foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A condenação de Collor é resultado de investigações da Operação Lava Jato. Segundo o processo, ele teria recebido pelo menos R$ 20 milhões em propina por meio de contratos entre a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e a empreiteira UTC. A sentença foi confirmada em última instância, o que gerou a suspensão automática de seus direitos políticos, conforme previsto no artigo 15 da Constituição Federal.

Em nota oficial, o PRD explicou que tomou conhecimento da filiação de Collor apenas após a ordem judicial. A sigla informou que o cancelamento da filiação se deu de forma automática, com base na legislação vigente. “A legenda, com fundamento no artigo 15 da Constituição Federal, informa que realizou na presente data o cancelamento da filiação partidária do Sr. Fernando Collor de Mello”, declarou o partido.

Nas eleições de 2022, Collor disputou o governo de Alagoas pelo antigo PTB, obtendo 14,71% dos votos válidos e ficando em terceiro lugar. Em 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a fusão do PTB com o PRD, o que resultou na migração automática de seus filiados, incluindo Collor.

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