Eleições 2026: largada explosiva, chegada imprevisível…

Mas 2026 ainda está longe, e o ano de 2025 será decisivo para a consolidação de candidaturas, alianças e — principalmente — narrativas.

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em 03 de jun de 2025, às 14h58

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

Por ora, a corrida pelo Palácio Anchieta em 2026 parece se desenhar entre dois protagonistas já conhecidos do eleitor capixaba: Lorenzo Pazolini (Republicanos) e Ricardo Ferraço (MDB). O prefeito de Vitória e o vice-governador despontam como os principais nomes na pesquisa divulgada pelo instituto Paraná Pesquisas, publicada nesta segunda-feira (2). Mas, apesar da vantagem inicial, o jogo está longe de ser definido.

Com 26,1% das intenções de voto no cenário estimulado, Pazolini aparece na liderança. Ferraço, com 21,7%, mostra fôlego para competir em pé de igualdade. A diferença entre ambos — de apenas 4,4 pontos — está dentro da margem de erro de 2,6 pontos percentuais, o que, na prática, configura um empate técnico e revela um embate aberto pela preferência do eleitorado.

Chama atenção, contudo, o fato de nenhum dos dois ainda ter assumido publicamente a candidatura — o que não impede movimentações estratégicas nos bastidores. Pazolini, por exemplo, mantém a visibilidade constante como gestor da capital, investindo em obras, segurança e ações de marketing pessoal. Ferraço, por sua vez, tenta capitalizar a proximidade com o Palácio Anchieta e a máquina do governo estadual, ao lado do governador Renato Casagrande (PSB), com quem mantém relação pragmática.

A pesquisa ouviu 1.522 eleitores entre os dias 28 e 31 de maio em 45 municípios, e deve ser lida como uma fotografia pontual de um cenário em mutação. Outros nomes aparecem no páreo, embora com menor densidade eleitoral: Sérgio Vidigal (PDT) surge com 11,1%, Arnaldinho Borgo (Podemos), 8,6%, Da Vitória (PP), 6,6%, Euclério Sampaio (MDB), 5,8% e Helder Salomão (PT), 4,5%.

A fragmentação dos votos entre pré-candidatos da base do governo e de grupos com baixa capilaridade pode beneficiar justamente os mais estruturados. O campo da esquerda, por exemplo, permanece tímido — Helder Salomão representa o PT, mas ainda enfrenta resistências fora do nicho ideológico do partido.

A leitura política é clara: a corrida pelo governo capixaba tende a se polarizar entre um nome oriundo do eixo municipalista (Pazolini) e outro com base mais institucional e experiência no Executivo e Legislativo (Ferraço). Mas 2026 ainda está longe, e o ano de 2025 será decisivo para a consolidação de candidaturas, alianças e — principalmente — narrativas.

Até lá, o eleitor capixaba assistirá a uma disputa não apenas de nomes, mas de posicionamentos, agendas e visões de Estado. E, como de costume, a política local seguirá seu roteiro próprio, cheio de reviravoltas e acomodações de última hora.

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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