"Nenhuma vitória compensa a dor", diz Papa sobre guerra no Irã
Durante a tradicional oração do Angelus, o pontífice se referiu à guerra como um “precipício irreparável” e destacou os impactos devastadores da violência armada.

O Papa Leão XIV fez um apelo contundente neste domingo (22) para que a comunidade internacional atue imediatamente na busca pela paz no Oriente Médio, diante da escalada do conflito entre Israel, Irã e, mais recentemente, os Estados Unidos.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiDurante a tradicional oração do Angelus, o pontífice se referiu à guerra como um “precipício irreparável” e destacou os impactos devastadores da violência armada. “A guerra não resolve os problemas, mas os amplifica e produz feridas profundas na história dos povos, que levam gerações para cicatrizar. Nenhuma vitória armada poderá compensar a dor das mães, o medo das crianças, o futuro roubado”, declarou.
Escalada do conflito
O pronunciamento do Papa ocorre após novos desdobramentos no conflito. Na noite de quinta-feira (13), Israel lançou um ataque em larga escala contra o Irã, atingindo infraestrutura nuclear, eliminando líderes militares e cientistas de alto escalão, e destruindo bases de mísseis e radares com uso de aviões de guerra e drones.
Em resposta, o Irã retaliou com uma série de ataques com mísseis. A troca de bombardeios entre os dois países permanece intensa.
Na madrugada deste domingo (22), os Estados Unidos entraram oficialmente no conflito ao atacar três instalações nucleares iranianas, ampliando ainda mais a tensão na região.
Apelo à comunidade internacional
Diante desse cenário, o Papa reforçou a importância da diplomacia e cobrou responsabilidade dos líderes mundiais. “Cada membro da comunidade internacional tem uma responsabilidade moral: deter a tragédia da guerra, antes que ela se torne um precipício irreparável. Não existem conflitos ‘distantes’ quando a dignidade humana está em jogo”, afirmou.
O pontífice também manifestou preocupação com a situação humanitária em Gaza e em outros territórios afetados pelos conflitos no Oriente Médio. “A humanidade clama e invoca a paz. É um grito que exige responsabilidade e razão, e não deve ser sufocado pelo fragor das armas”, disse.
Jubileu e bênçãos
Após o discurso, Leão XIV saudou os grupos presentes na Praça São Pedro, com destaque para os parlamentares e prefeitos reunidos por ocasião do Jubileu dos Governantes e dos Administradores. Ele também agradeceu aos fiéis que celebram o Corpus Christi com orações, música e procissões. “Obrigado a todos e tenham um bom domingo”, concluiu.