Internacional

Após Trump cravar cessar-fogo, líder do Irã nega acordo com Israel

A expectativa agora gira em torno da concretização do cessar-fogo anunciado por Trump e de possíveis reações das potências envolvidas.

Por Diorgenes Ribeiro

2 mins de leitura

em 23 de jun de 2025, às 23h08

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (23) que Irã e Israel chegaram a um acordo para encerrar os ataques mútuos após 12 dias de intensos confrontos. Segundo Trump, o Irã será o primeiro a cessar as ofensivas, e Israel deverá fazer o mesmo em seguida. O presidente americano elogiou ambos os países pela “resistência, coragem e inteligência” demonstradas para pôr fim ao que chamou de “a guerra de 12 dias”.

“O fim oficial da guerra de 12 dias será saudado pelo mundo. Durante cada cessar-fogo, o outro lado permanecerá pacífico e respeitoso”, afirmou Trump.

Escalada do conflito

Nesta segunda-feira (23), Israel lançou novos ataques aéreos contra a capital iraniana, Teerã, com o que autoridades israelenses descreveram como “intensidade sem precedentes”. Entre os alvos estariam a sede da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), a prisão de Evin — conhecida por abrigar presos políticos —, o quartel-general do grupo paramilitar Basij, o edifício da segurança interna da Guarda e até o monumento conhecido como “Relógio da Destruição de Israel”, na Praça Palestina.

Em resposta, o IRGC iraniano realizou seu 21º ataque desde o início das hostilidades em 13 de junho. A ofensiva incluiu um lançamento combinado de mísseis e drones contra múltiplos alvos israelenses, utilizando tecnologia de propulsão sólida e líquida, além de drones kamikazes.

Ainda nesta segunda-feira, mísseis iranianos foram lançados em direção à base americana de Al Udeid, no Catar — a maior instalação militar dos EUA no Oriente Médio. Apesar da ofensiva, o Departamento de Defesa dos EUA informou que não houve feridos.

Envolvimento dos EUA e do Iêmen

Os Estados Unidos oficializaram sua entrada no conflito no sábado (21), ao bombardear três instalações nucleares iranianas. Em retaliação, o Irã atacou a base americana no Catar, movimento que Trump classificou como uma “resposta muito fraca”.

O conflito ganhou novos contornos geopolíticos com o anúncio do Iêmen de que se unirá ao Irã na guerra, declarando-se preparado para atacar navios de guerra americanos no Mar Vermelho, caso os Estados Unidos ampliem sua ofensiva contra a República Islâmica.

A expectativa agora gira em torno da concretização do cessar-fogo anunciado por Trump e de possíveis reações das potências envolvidas.

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