Calor extremo em Paris fecha Torre Eiffel e mobiliza autoridades
O Ministério da Saúde da França ressaltou a gravidade da situação e a necessidade de mobilização social, especialmente para proteger grupos vulneráveis como idosos, crianças e pessoas com deficiência.

A onda de calor recorde que atinge o sul da Europa, especialmente a França, virou tema central no debate público e político nesta terça-feira (1º/7). Com junho de 2025 marcado como o mês mais quente já registrado em diversos países, as autoridades francesas acionaram pela primeira vez em cinco anos o alerta vermelho na região metropolitana de Paris, exigindo respostas rápidas e eficazes diante da crise climática.
O Ministério da Saúde da França ressaltou a gravidade da situação e a necessidade de mobilização social, especialmente para proteger grupos vulneráveis como idosos, crianças e pessoas com deficiência. O ministro Yannick Neuder convocou a população a agir com solidariedade e reforçou que os hospitais estão preparados para o aumento de atendimentos causados pelas altas temperaturas.
Para conter os impactos, o governo local adotou medidas emergenciais como a implementação do “passe antipoluição” no transporte público, restrições ao tráfego de veículos e o fechamento de mais de 1.300 escolas em todo o país. A Torre Eiffel, símbolo de Paris e do turismo nacional, teve o acesso ao seu topo suspenso até quarta-feira (2), em uma tentativa de garantir segurança e conforto diante do calor extremo.
A situação climática tem repercussões que ultrapassam as fronteiras francesas e apontam para uma crise ambiental de maior escala. Reportagens recentes destacam que o Mar Mediterrâneo enfrenta um aquecimento histórico, com temperaturas superiores em até 5°C em relação à média histórica, fenômeno que especialistas classificam como uma “tropicalização” do mar. Tal alteração traz impactos graves para a biodiversidade local, com a entrada de espécies tropicais invasoras que ameaçam o equilíbrio dos ecossistemas.
Este cenário evidencia, para especialistas, a urgência de políticas públicas e acordos internacionais robustos para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger populações vulneráveis. Climatologistas alertam que o calor acumulado no mar atua como uma “bateria térmica”, agravando as condições de calor nas regiões costeiras, o que aumenta a complexidade dos desafios enfrentados pelas autoridades.
Segundo o site Metrópoles, o debate político sobre a resposta à crise climática ganha contornos de urgência, especialmente em um momento em que as ondas de calor extremas começam a se tornar eventos mais frequentes e intensos. Governos europeus estão pressionados a combinar ações emergenciais e estratégias de longo prazo para garantir a segurança, a saúde pública e a preservação ambiental.
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