Política Regional

Casagrande critica tarifa de Trump e fala em retrocesso

Por meio das redes sociais, Casagrande classificou a decisão como um “retrocesso” e defendeu o comércio justo e o diálogo entre as nações.

Por Diorgenes Ribeiro

2 mins de leitura

em 10 de jul de 2025, às 10h30

Foto: Reprodução |  Governo do ES
Foto: Reprodução | Governo do ES

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), se posicionou nesta quarta-feira (9) contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao mercado norte-americano. A medida, que entra em vigor no dia 1º de agosto, foi comunicada por meio de uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por meio das redes sociais, Casagrande classificou a decisão como um “retrocesso” e defendeu o comércio justo e o diálogo entre as nações.


“As tarifas impostas pelo Presidente Donald Trump ao Brasil representam um retrocesso. Como governador de um estado com relevante comércio internacional, defendo o comércio justo, o respeito entre as nações e o diálogo acima de disputas políticas. A medida atende a motivações ideológicas, não aos interesses do povo brasileiro e americano”, afirmou.

Diante do impacto que a nova política tarifária pode causar na economia capixaba, Casagrande convocou uma entrevista coletiva para esta quinta-feira (10), às 12h, no Palácio Anchieta. Também participarão o vice-governador Ricardo Ferraço (PSDB) e o secretário de Estado de Desenvolvimento, Sérgio Vidigal.

Entenda o caso

A nova taxação anunciada por Trump abrange todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, independentemente das tarifas setoriais já existentes, como as que incidem sobre aço e alumínio. O Brasil já havia sido alvo de um aumento tarifário em abril, quando foi aplicada uma alíquota adicional de 10%.

A justificativa da Casa Branca, expressa na carta enviada a Lula, relaciona a decisão a supostos “ataques insidiosos contra eleições livres”, numa referência indireta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Trump, aliado de Bolsonaro, voltou a criticar o processo que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022.

A medida é vista por analistas como parte da estratégia de Trump para reforçar seu discurso nacionalista durante a campanha presidencial deste ano. No entanto, o endurecimento comercial pode provocar tensões diplomáticas entre Brasília e Washington e afetar setores estratégicos da economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de transformação.

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