Plano estratégico visa mobilizar US$ 1,3 trilhão para financiamento climático
O documento foi apresentado pelos presidentes Mukhtar Babayev e André Corrêa do Lago, que destacaram que a meta é viável, mas exigirá esforços coordenados

As presidências da COP29, no Azerbaijão, e da COP30, no Brasil, anunciaram nesta quinta-feira (6) o Mapa do Caminho de Baku a Belém, um plano estratégico que pretende mobilizar pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático para países em desenvolvimento até 2035.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiO documento foi apresentado pelos presidentes Mukhtar Babayev e André Corrêa do Lago, que destacaram que a meta é viável, mas exigirá esforços coordenados e a criação de novos mecanismos financeiros globais. O plano surge no contexto da Meta Financeira de Baku, que dá às duas presidências a responsabilidade de propor diretrizes para o financiamento climático da próxima década, marcando dez anos desde o Acordo de Paris.
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O Mapa define cinco frentes de ação, conhecidas como “5Rs”:
- Reabastecimento de doações e financiamentos de baixo custo;
- Reequilíbrio fiscal e da sustentabilidade da dívida;
- Redirecionamento de investimentos privados;
- Reestruturação da capacidade de gestão de portfólios climáticos;
- Reformulação de sistemas e fluxos de capital globais.
Segundo os organizadores, as medidas pretendem ampliar o acesso dos países em desenvolvimento ao financiamento climático, fortalecendo resultados em adaptação, energia limpa, sistemas alimentares e transições justas.
Corrêa do Lago afirmou que o plano representa “o início de uma era de transparência no financiamento climático”, destacando que as 5Rs buscam transformar “a urgência científica em cooperação prática e resultados efetivos”.
Entre 2026 e 2028, estão previstas ações iniciais para melhorar a qualidade dos dados, promover debates sobre reformas financeiras e aumentar a transparência internacional.
O secretário-executivo da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), Simon Stiell, afirmou que o Mapa marca “uma nova era de convergência entre a economia real e os compromissos climáticos globais”.