COP30: veja as opções de turismo cultural e gastronômico em Belém

Com a chegada da COP30, o maior evento climático do mundo, Belém (PA) se transforma em uma verdadeira vitrine da cultura amazônica.

Durante as duas semanas da conferência, mais de 50 mil pessoas devem circular pela capital paraense, que combina a efervescência de um encontro global com experiências únicas em história, natureza, gastronomia e bioeconomia da floresta.

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Entre os pontos turísticos mais emblemáticos está a Estação das Docas, complexo revitalizado que reúne restaurantes, bares e lojas de artesanato instalados em antigos galpões portuários de ferro importados da Inglaterra. É um dos locais preferidos para apreciar o pôr do sol sobre a Baía do Guajará, enquanto se saboreiam pratos regionais ou sorvetes de frutas típicas como açaí, cupuaçu e bacuri. Outro destino imperdível é o Mercado Ver-o-Peso, maior feira aberta da América Latina e verdadeiro símbolo da identidade de Belém. Lá, o visitante encontra desde ervas medicinais vendidas pelas tradicionais “erveiras” até produtos vindos diretamente das comunidades ribeirinhas, em uma mostra viva da economia da floresta.

Veja aqui os horários de funcionamento dos pontos turísticos 

Na Cidade Velha, o Complexo Feliz Lusitânia reúne construções históricas que contam o início da capital. O passeio inclui o Forte do Presépio, marco da fundação da cidade; a Casa das Onze Janelas, hoje um espaço cultural com restaurante; e a imponente Catedral Metropolitana da Sé, ponto de partida da procissão do Círio de Nazaré, uma das maiores festas religiosas do mundo. Já o Mangal das Garças, às margens do Rio Guamá, oferece uma imersão na biodiversidade amazônica sem sair do perímetro urbano, com viveiros de aves, borboletário, orquidário e o Farol de Belém, mirante com vista panorâmica de 360° da cidade.

Para quem deseja conhecer de perto o modo de vida ribeirinho, a Ilha do Combu é uma travessia curta de barco a partir da Praça Princesa Isabel. O local é Área de Proteção Ambiental e abriga projetos de sustentabilidade, como o premiado “Filha do Combu”, comandado por Dona Nena, que produz cacau e chocolates orgânicos da Amazônia.

Durante o mês de novembro, em razão da COP30 e do aumento do fluxo turístico, os principais espaços culturais e de lazer da capital têm horários especiais de funcionamento, segundo a Agência Belém. O Mercado de São Brás, por exemplo, abre diariamente, com o setor gastronômico funcionando até a meia-noite durante os feriados e até 1h nas sextas e sábados. A Praça de Alimentação opera das 7h às 15h, enquanto a Feira encerra às 18h. O Solar da Beira, ao lado do Ver-o-Peso, segue aberto de segunda a sábado, das 8h às 18h, e aos domingos até o meio-dia, com atendimento a empreendedores e artesãos locais.

O Bosque Rodrigues Alves, refúgio verde no coração urbano, funciona todos os dias das 8h às 16h, com ingresso simbólico de R$ 2,00 e gratuidade para crianças, idosos e pessoas com deficiência. O Museu de Arte de Belém (MABE) abre de segunda a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados até as 13h, mantendo parte do espaço em montagem de exposições até 8 de novembro. Já o Palacete Bolonha, joia arquitetônica do século XIX, oferece visitas guiadas em grupos de até 15 pessoas nos turnos da manhã e da tarde, e permanece aberto durante os feriados da COP. Outro espaço de destaque, a Biblioteca Pública Avertano Rocha, em Icoaraci, segue com funcionamento normal, de segunda a sexta das 9h às 16h e aos sábados até as 13h.

Além da capital, o Pará oferece um vasto roteiro de destinos sustentáveis e culturais. No Baixo Tapajós, entre Santarém e Belterra, o visitante encontra comunidades tradicionais que preservam costumes indígenas, festejos populares e uma gastronomia premiada baseada em peixes e frutas regionais.