Compras de Natal devem movimentar R$ 1,69 bi no Espírito Santo

As compras de Natal devem movimentar R$ 1,69 bilhão no Espírito Santo em 2025. O dado faz parte de uma pesquisa realizada pelo Sebrae/ES em parceria com a Qualitest, que ouviu 1.200 pessoas em oito municípios. O levantamento mostra um consumidor mais confiante, disposto a celebrar e a gastar mais no fim do ano.

O diretor-técnico do Sebrae/ES, Eurípedes Pedrinha, destaca que o cenário é positivo para o empreendedor. Ele explica que o pagamento da primeira parcela do 13º salário ajuda a aquecer o comércio já no fim de semana. Além disso, segundo ele, o consumidor pretende comemorar, viajar, presentear e movimentar o varejo. Para isso, orienta que os pequenos negócios reforcem promoções e divulguem produtos com foco em vestuário, acessórios e brinquedos.

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Dessa forma, a pesquisa mostra que 57% dos capixabas pretendem comprar presentes. A média é de cinco itens por pessoa. Filhos, enteados, pais e cônjuges estão entre os principais presenteados. O gasto médio previsto para os presentes chega a R$ 1.027. A estimativa é de que mais de 1,2 milhão de pessoas comprem algum item no período, o que justifica o impacto bilionário no comércio.

Entretanto, os itens mais procurados são roupas e calçados (64,6%), brinquedos (32,3%) e acessórios (20,6%). Além disso, 44,1% dos consumidores antecipam as compras na Black Friday. O público acima de 60 anos se destaca como o que mais movimenta a economia: 43,5% devem presentear, com orçamento médio de R$ 1.500. Esse grupo pode representar sozinho cerca de R$ 472 milhões em compras.

Empresas precisam se preparar

Para os pequenos negócios, o levantamento indica três oportunidades claras: antecipação das compras, uso das redes sociais como canal de pesquisa e preferência por lojas físicas no interior. O Pix também aparece como forma de pagamento dominante na Grande Vitória.

A pesquisa aponta que 44% dos consumidores começam a comprar em novembro, enquanto grande parte deixa para dezembro e 20% compra apenas na véspera. Por isso, o Sebrae recomenda reforço de estoque, promoções direcionadas e ações específicas para os dias de maior fluxo.

Assim, as redes sociais também têm papel fundamental. Um em cada três capixabas pesquisa preços e produtos em plataformas digitais. Fotos de qualidade, descrições objetivas e preços atualizados tornam-se essenciais para atrair clientes. O Sebrae afirma que pode ajudar empreendedores a ingressarem em marketplaces como Shopee, Amazon e Mercado Livre.

A empresária Viviane dos Santos, dona do Brinquechó, em Jardim Camburi, espera aumento de até 50% nas vendas neste fim de ano. Ela afirma que ampliou fornecedores, preparou descontos e organizou opções de parcelamento. Segundo ela, brinquedos como pistas de Hot Wheels, bebês Reborn, Barbies e casinhas têm maior saída por apresentarem preço mais acessível no brechó.

Onde o capixaba compra

A pesquisa mostra que as lojas de rua lideram a preferência no Natal (34,8%). Em seguida aparecem os centros comerciais de bairro (22,1%) e os shoppings (23,7%). No digital, plataformas como Shopee, Mercado Livre e Amazon concentram 25,1% da intenção de compra. Já as redes sociais são o principal canal de pesquisa, com 33%.

Dessa forma, o preço e a qualidade continuam influenciando o consumidor. O Pix é a forma de pagamento mais usada (30,4%), seguido pelo dinheiro (19,3%) e pelo cartão de crédito parcelado (18,9%). No interior, predomina o pagamento em espécie.

Além das compras

O estudo também revela maior disposição para celebrar. Este ano, 70,3% devem comemorar o Natal e o Ano Novo. No ano passado, o percentual era 65,9%. Apenas 23% afirmam que não vão participar das festas.

Contudo, o gasto com alimentação deve alcançar R$ 1,68 bilhão, com média de R$ 700 por família. Já a compra de roupas para o período pode atingir R$ 834 milhões. O turismo também avança: 13,1% dos capixabas pretendem viajar no Natal e número semelhante viajará apenas no Ano Novo. Guarapari, Vitória, Vila Velha e Marataízes aparecem entre os destinos mais procurados.

Por fim, 44,1% dos entrevistados afirmam que vão gastar mais do que em 2024, reforçando o otimismo do varejo e a expectativa de um fim de ano mais forte para os empreendedores.

Com informações do Sebrae.