A comunicação “trumbicada” de Lula e de muitos políticos do ES

Chacrinha, com sua buzina, já avisava: quem não se comunica… se trumbica...

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em 08 de jun de 2025, às 08h15

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

“Quem não se comunica, se trumbica.” A frase imortal de Chacrinha, o velho guerreiro da televisão brasileira, nunca soou tão atual — e tão negligenciada — quanto no governo Lula e de muitos outros políticos pelo Brasil. Em meio a uma série de entregas relevantes, conquistas sociais e dados econômicos positivos, o Planalto parece não saber como falar com o povo. E, como resultado, vem “se trumbicando” feio.

A comunicação — ou a ausência dela — tornou-se o calcanhar de Aquiles de um governo que, apesar das realizações, vê sua imagem afundar no lamaçal da desinformação e da má interpretação. Trocar nomes na Secom, como a substituição de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira, não resolve um problema que é estrutural: a falta de estratégia, profissionalismo e prioridade na comunicação institucional.

Enquanto escândalos como o do INSS, o colapso nos Correios e a polêmica da nova cobrança da IOF ganham manchetes e inflamam as redes, ações concretas como a retirada de 20 milhões de brasileiros do mapa da fome, a ampliação do Minha Casa, Minha Vida e as mais de 20 mil obras do PAC em andamento passam despercebidas pela maioria da população. O governo entrega, mas não comunica. E, sem comunicação, não há narrativa — apenas ruído. Vale ressaltar que comunicação não é o que você diz, mas o que o outo entende.

A situação do governo federal espelha, em escala ampliada, o que já se viu nas eleições municipais de 2024: prefeitos e vereadores que apostaram apenas em vídeos amadores, lives improvisadas e posts aleatórios foram sumariamente derrotados nas urnas. Muitos confundiram “ter um celular na mão” com fazer comunicação. Resultado: viraram ex-prefeitos e ex-vereadores, soterrados pelo despreparo midiático.

Em contrapartida, aqueles que investiram em comunicação profissional — com estratégia, linguagem adequada, planejamento e presença digital qualificada — colheram os frutos da visibilidade, da confiança e do reconhecimento público. Porque, sim, comunicar é uma arte. Mas é também técnica, ciência e política. Governar sem saber comunicar é como construir uma ponte e não dizer a ninguém onde ela leva.

O lulismo, outrora mestre em narrativa, agora se arrasta como um amador nas redes. E não basta colocar um chapéu novo na cabeça do presidente e esperar que isso funcione como símbolo popular. Comunicação não é adereço. É conteúdo, estratégia e conexão com o cotidiano das pessoas.

Lula está em 2025, mas sua comunicação parece estacionada na década de 90, em sistema analógico. E, numa era onde o TikTok forma opinião e o WhatsApp mobiliza multidões, insistir no improviso é suicídio político. Avisa lá, já estamos vivendo na era digital !

Chacrinha, com sua buzina, já avisava: quem não se comunica… se trumbica. O problema é que, ao que parece, o governo não está ouvindo — e o eco do silêncio institucional começa a custar caro. Muito caro…

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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