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A nova década perdida (2011-2020)

Em termos econômicos, os anos 80 ficaram conhecidos como a “década perdida”. Foram diversos anos de alta inflação, baixo crescimento, sucessivos calotes na dívida externa, tabelamento de preços e confisco de poupança. Para os brasileiros que conviveram com tantos problemas, os tempos de hoje parecem bem melhores, porém, o país passou por mais uma nova […]

2 mins de leitura

em 22 de ago de 2022, às 15h39

Em termos econômicos, os anos 80 ficaram conhecidos como a “década perdida”. Foram diversos anos de alta inflação, baixo crescimento, sucessivos calotes na dívida externa, tabelamento de preços e confisco de poupança. Para os brasileiros que conviveram com tantos problemas, os tempos de hoje parecem bem melhores, porém, o país passou por mais uma nova estagnação recentemente.

O Brasil começou a década de 2010 com bons prognósticos, tudo corria bem. Entretanto, o modelo econômico da Nova Matriz Econômica fracassou e o boom das commodities cessou, pondo fim ao “milagrinho” dos anos anteriores e colocando a economia na maior crise de sua história.

Os recuos acumulados do PIB de 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%) foram os piores de toda a história recente da república. A pandemia quase piorou a crise anterior, contudo, felizmente o crescimento de 4,6% em 2021 foi capaz de reverter as perdas de 3,9% em 2020.

Para se ter ideia, o PIB per capita (em paridade de poder de campo) em 2011 era de US$ 15.040, já em 2020 caiu para US$ 14.834. Ou seja, em 10 anos fomos capazes de perder cerca de 200 dólares, um grande prejuízo se compararmos aos demais países da América Latina. Observe abaixo que, da amostra selecionada, o Brasil é o único a registrar crescimento negativo no período mencionado.

Teremos muito trabalho para recuperar esses anos perdidos. Caso algo inesperado ocorra e o Brasil cresça pelo menos 5% a.a pelas próximas cinco décadas, seremos um país rico. Mas, dado o exposto, estamos muito longe dessa realidade.

Rafael Altoé é mestrando em Administração pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e apaixonado por Economia. 

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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