Ataque e defesa: estratégias de marketing político
O marketing político é um verdadeiro jogo de xadrez. Para conquistar a vitória, um candidato precisa dominar as melhores estratégias de ataque e defesa
6 mins de leitura
em 30 de abr de 2025, às 08h57

Por Darlan Campos
O marketing político é um verdadeiro jogo de xadrez. Para conquistar a vitória, um candidato precisa dominar as melhores estratégias de ataque e defesa. Imagine uma campanha eleitoral como um campo de batalha: de um lado, ataques bem planejados que expõem as falhas do oponente; do outro, uma defesa sólida que protege a imagem do candidato e neutraliza ataques adversários. Esse jogo de equilíbrio define quem sai vitorioso nas eleições.
A importância das estratégias de marketing político
No mundo político, atacar e defender-se no momento certo faz toda a diferença. Alfredo Dávalos Lopez, em sua obra Estrategias de Ataque y Contra Ataque en Campaña, explora essas táticas com profundidade. Como Sun Tzu sugeria em A Arte da Guerra, a verdadeira vitória não está apenas no confronto, mas na conquista da confiança do eleitorado. Dessa forma, mais do que vencer o oponente, é essencial construir uma identidade política sólida e confiável.

No xadrez eleitoral, saber quando atacar e quando defender pode definir a vitória.
Quando atacar e quando defender em uma campanha eleitoral
Saber o momento certo de atacar ou se defender é fundamental. O ataque é essencial quando a distância entre o candidato e os adversários precisa ser reduzida. Mario Elgarresta destaca que ataques devem ser utilizados apenas quando a vitória depende da rejeição do oponente.
Por outro lado, a defesa se torna indispensável quando um candidato sofre ataques que podem prejudicar sua imagem.

Responder com estratégia minimiza danos e pode transformar um ataque em oportunidade. Ignorar ataques fracos é uma tática recomendada, mas a omissão em situações críticas pode custar caro.
Táticas de ataque no marketing político
Para que um ataque seja eficaz, é preciso considerar seu impacto no eleitorado indeciso. Algumas das táticas mais utilizadas incluem:
1. Apelo emocional: Criar uma narrativa com heróis e vilões.
2. Associação negativa: Relacionar o adversário a figuras impopulares.
3. Comparativo direto: Apresentar seu candidato como solução e o oponente como problema.
4. Provocação calculada: Forçar uma reação do adversário.
5. Uso de meios alternativos: Explorar marketing de guerrilha.
Um ataque deve ser planejado com cautela para evitar efeitos reversos. Eleitores podem rejeitar agressões excessivas, tornando a campanha negativa prejudicial ao próprio candidato.
Táticas de defesa no marketing político
Táticas de defesa ajudam a manter a credibilidade e a evitar impactos negativos. Algumas das mais eficazes incluem:
1. Deslocamento de foco: Criar outra narrativa para mudar a atenção.
2. Inoculação: Alertar previamente sobre ataques para desarmá-los.
3. Indignação calculada: Demonstrar revolta contra acusações infundadas.
4. Uso de terceiros respeitados: Contar com figuras públicas para desacreditar o ataque.
5. Aceitação e correção: Admitir erros e apresentar soluções.
Defender-se de maneira estratégica pode transformar um ataque em vantagem. No entanto, é essencial avaliar cada situação para evitar respostas que ampliem a repercussão negativa.
Na política, mensagens diretas e estratégicas garantem credibilidade e evitam crises.
Fake news: um novo desafio no marketing político
A disseminação de fake news tornou-se uma das maiores ameaças para campanhas políticas. As informações falsas podem impactar significativamente a percepção do eleitorado, minando a credibilidade de candidatos e partidos.
Táticas para lidar com fake news incluem:
1. Monitoramento constante: Utilizar ferramentas de análise para identificar fake news rapidamente.
2. Resposta rápida e objetiva: Desmentir boatos com dados concretos.
3. Uso de influenciadores: Contar com figuras de confiança para combater desinformação.
4. Educação do eleitorado: Criar campanhas de conscientização sobre fake news.
5. Reforço da transparência: Divulgar informações verificadas para evitar especulações.
Mapeando aliados e adversários
Para utilizar estratégias de marketing político com eficácia, é essencial mapear aliados e adversários. Esse processo envolve:
● Fortalecer aliados para consolidar apoio.
● Atrair neutros para ampliar a base de eleitores.
● Reduzir impactos dos opositores para evitar dispersão de esforços.
Com uma análise precisa, uma campanha se torna mais eficiente, evitando desperdício de recursos e otimizando a comunicação com eleitores indecisos.
Conclusão
O sucesso em uma campanha política depende de um planejamento cuidadoso de ataques e defesas. Com estratégias bem estruturadas, um candidato pode transformar desafios em oportunidades, conquistar eleitores e aumentar suas chances de vitória.
Se você deseja aprofundar-se ainda mais nessas táticas, a leitura da obra de Alfredo Dávalos Lopez pode ser um diferencial estratégico para sua campanha.
*** Darlan Campos é consultor em marketing político, escritor e professor. Diretor executivo da República Marketing Político (http://www.republicamarketingpolitico.com.br) e estrategista-chefe com ampla experiência em mandatos e campanhas eleitorais. Atuou diretamente na comunicação e posicionamento de prefeitos, governadores e parlamentares. Professor do RenovaBR, membro fundador do CAMP e autor de livros sobre estratégia eleitoral e marketing político. Destaca-se na construção de narrativas e fortalecimento de lideranças emergentes.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM
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