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Corrida pelo Palácio Anchieta: denúncia ou campanha?

Por Alissandra Mendes e Fernanda Zandonadi A corrida pelo Palácio Anchieta ganha tons mais contundentes. No último sábado (14), durante a inauguração de uma escola municipal em Jardim Camburi, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) sugeriu ter recebido uma proposta para participar de um esquema fraudulento. O caso teria ocorrido em 2021 e Pazolini […]

3 mins de leitura

em 16 de maio de 2022, às 14h45

Por Alissandra Mendes e Fernanda Zandonadi

A corrida pelo Palácio Anchieta ganha tons mais contundentes. No último sábado (14), durante a inauguração de uma escola municipal em Jardim Camburi, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) sugeriu ter recebido uma proposta para participar de um esquema fraudulento. O caso teria ocorrido em 2021 e Pazolini não citou diretamente o Governo do Estado, mas as insinuações chegaram às portas do Executivo. O pré-candidato ao Governo do Estado, Erick Musso, estava na plateia.

O que chama a atenção é que, caso a história proceda, ocorreu um hiato de meses, senão um ano, até que a denúncia fosse feita em praça pública. Há de se supor que algo tão grave deveria ser comunicado imediatamente aos órgãos competentes, que tomariam as providências cabíveis. Em ano de pleito, a fala do prefeito toma contornos eleitoreiros.

Veja o que disse Pazzolini:

“Em determinado momento do ano passado, eu fui convidado a comparecer a uma reunião em um palácio, no centro da cidade, que leva o nome de uma autoridade também cristã católica, que eu não preciso citar e os senhores sabem do que estou falando. E nessa reunião me falaram o seguinte: prefeito, nós queremos levar investimento pra Vitória. E eu disse assim, ótimo. Prefeito nós queremos levar obras pra Vitória, e eu falei que bom, nós estamos ansiosos pra isso. Prefeito Pazolini, nós vamos investir X na cidade de Vitória porque é a capital do nosso Estado, e eu disse obrigado autoridade X. Só que no final tinha um porém. E agora eu vou contar pra vocês porque tenho esse dever e vou começar a fazer essa reflexão e o meu compromisso com a cidade de Vitória. A licitação tinha ganhador!!! A obra tinha que ser executada pela empresa tal. Eu vou repetir aqui, essa reunião se encerrou nesse momento em que eu bati na mesa e levantei. A licitação tinha vencedor sem ter começado. E a obra só poderia ser executada, presidente Erick Musso por determinada empresa, e é por isso que estamos vendo o que estamos vendo no Espírito Santo. É por isso que tem tenda, que tem álcool em gel no Espírito Santo. E eu vou começar a revelar e dialogar com a cidade contando o que está acontecendo no Estado do Espírito Santo. E faço hoje a primeira dessas confidencias como cidadão, e não como prefeito. E o que estou dizendo eu tenho como provar. Eu vou repetir o que foi dito, Prefeito, vamos levar, mas tem ser com fulano de tal pra fazer a obra (…).”

A reação do Palácio Anchieta

Diante das acusações, o Palácio Anchieta reagiu e emitiu uma nota. “A Procuradoria Geral do Estado do Espírito Santo (PGE/ES) informa que ingressará ainda neste sábado (14) com uma representação no Ministério Público Estadual (MPES) para que Lorenzo Pazolini informe imediatamente a quem está se referindo e comprove suas acusações, sob pena de ser processado criminalmente por ofensa à honra provocada por imputações inverídicas”.

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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