Desafios e esperanças para as vereadoras eleitas no ES em 2025

O ano de 2025 marca o início de um novo ciclo para as 107 vereadoras eleitas no Espírito Santo, destacando um avanço significativo

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em 21 de jan de 2025, às 14h50

Foto: Divulgação | TSE
Foto: Divulgação | TSE

Por Flávia Cysne

O ano de 2025 marca o início de um novo ciclo para as 107 vereadoras eleitas no Espírito Santo, destacando um avanço significativo com a presidência feminina em sete câmaras municipais. As cidades de Guarapari, Ponto Belo, Mucurici, Boa Esperança, Laranja da Terra, São José do Calçado e Itarana agora contam com lideranças de mulheres em suas câmaras, sinalizando uma mudança importante no cenário político local.

Ter voto, sendo mulher, é mais difícil. Isso acontece por muitos motivos: desde o excesso de responsabilidades dentro de casa, a moralidade e ética elevada de quem não quer fazer a troca do voto pelo favor, até a desconfiança no modelo oferecido pela proposta feminina de um mandato.

Sempre disse para as mulheres que eu sabia instruir como ganhar as eleições. Mas a forma mais acertada de ganhar não tinha honra. Elas já entrariam com o pé esquerdo. Quanto maior a similaridade com o modelo atual: “troca de voto pelo favor”, maior a chance de ganhar a eleição.

Mas existe a esperança: inspirar confiança do eleitor, mulheres e homens que querem uma nova proposta, baseada numa política de qualidade. Bandeiras e ações que inspirem a confiança do eleitor nesse modelo político que está mudando o Brasil.

Temos sim exemplos masculinos com responsabilidade em seus mandatos. Esses têm se despontado como grandes líderes. Saindo da mediocridade de apenas permanecer no mandato, ajudar os amigos e ir aumentando o grupo de apoio pessoal em ações que deveriam ser voltadas para cobrar do executivo suas responsabilidades. E não atuar de forma a fazer o eleitor acreditar que ele, vereador, é o grande salvador da pátria. Não existem salvadores da pátria.

O que existem são homens e mulheres que precisam executar seus mandatos de forma que possam realmente levar uma melhor qualidade de vida para uma população que precisa dessa responsabilidade para viver. E não apenas sobreviver.

A luta das mulheres não é apenas pela igualdade perseguida pela ONU Mulheres. De 50% de mulheres nos espaços mundiais de decisão e poder, para uma sociedade mais justa. É pela nova forma de agir nesses mandatos. É trazer à luz a consciência de todas as câmaras municipais do país do que realmente importa na política. Da responsabilidade dos papéis de cada poder. Dos valores que deverão ser prioridade em seus mandatos e do foco no resultado que eles precisam oferecer à sociedade brasileira.

Esse é o nosso compromisso como presidente de um instituto que provoca as mulheres a serem como sempre foram, incansáveis batalhadoras pela vida de todas as famílias do seu entorno, bairro, cidade.

**Flávia Cysne é administradora de empresas, com pós-graduação em Marketing. Foi prefeita de Mimoso do Sul em dois mandatos. Fundou o Instituto Mulheres no Poder, que hoje atua em 35 municípios do Espírito Santo e 8 estados brasileiros.

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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